sábado, 31 de dezembro de 2011

Com Euro 5, vendas de caminhões tendem a cair 10% em 2012

A Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, espera que as vendas de caminhões desacelerem 10% no próximo ano, com o início do Proconve P7, também conhecido como Euro 5, nova etapa da legislação de emissões para veículos com motor a diesel. A entidade acredita que a queda possa ser suavizada com a adoção de medidas para impulsionar as vendas do segmento. 
A principal delas seria o Finame Verde, linha com condições especiais para a aquisição de caminhões que atendam à legislação. “A ideia é que o cliente pague uma parcela semelhante a que ele pagaria ao adquirir um modelo antigo”, conta Marco Saltini, vice-presidente da associação. Com isso, as empresas minimizariam o impacto dos preços até 15% maiores dos veículos novos. 


Desempenho em 2011 
As vendas de caminhões chegaram a 157,2 mil unidades nos 11 meses do ano, com expansão de 12,1% sobre o mesmo período de 2010. Em novembro foram licenciados 13,4 mil veículos, com desaceleração de 3,2% em relação ao mês anterior e de 7,7% no reajuste anual. A queda surpreendeu as montadoras, que esperavam antecipação das compras no último trimestre do ano, antes do início do Proconve P7. “Os clientes ficaram apreensivos com a crise na Europa e decidiram esperar”, analisa Saltini. 
A produção do setor cresceu em ritmo maior e chegou a 19,2 mil caminhões em novembro, com retração de 1,6% na comparação com outubro e alta de 10,9% sobre o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano foram fabricados 197,9 mil veículos do segmento, com crescimento de 13,5%. Desse total, 24,7 mil unidades foram exportadas. O volume representa avanço de 27,6% no reajuste anual. 

Crescimento das marcas 
A Volvo anotou a maior expansão nas vendas entre as fabricantes do setor e ganhou uma posição para ficar em quarto lugar no ranking de vendas, com 10,9% de market share. Os emplacamentos de veículos da companhia aceleraram 29,9% entre janeiro e novembro, para 17,2 mil unidades. A maior expansão foi registrada na linha de semipesados VM, que avançou 54% no mercado.
Já a outra fabricante de origem sueca, Scania, é a que mais perdeu espaço ao longo do ano e entregou quase 2 pontos porcentuais de participação, para ficar com 7,6% do mercado. Os licenciamentos da marca caíram 11%, para 12 mil veículos e a empresa desceu do 4º para o 6º lugar no ranking. 
A MAN, que produz os caminhões Volkswagen, ampliou o market share em 0,7 p.p. e consolidou-se como líder com 46,5 mil unidades. Atrás dela está a Mercedes-Benz, que respondeu por 24,6% das vendas até novembro, mas perdeu 1,6 ponto e comercializou 38,8 mil caminhões. A Ford ficou com o terceiro lugar, com leve queda na participação, para 17,5% 
A Iveco, que subiu da sexta para a quinta colocação no ranking, abocanhou uma parcela de 0,9 ponto e passou a deter 8,3% das vendas. Entre janeiro e novembro foram emplacados 13 mil veículos da marca, com aumento de 25,5% sobre os volumes comercializados há um ano. 

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Caminhões parados em pista poderão ser sinalizados conforme peso e carga

âmara analisa projeto de lei que determina a sinalização de veículos de carga estacionados na pista de rolamento ou nos acostamentos de forma diferenciada conforme o peso e a periculosidade da carga transportada.
Segundo a proposta (Projeto de Lei 2235/11), a forma de sinalização será regulamentada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). A proposta também penaliza com multa a falta de sinalização nesses casos. A infração, pelo texto, será considerada gravíssima.
O projeto, da deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), acrescenta a medida ao Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97 ), na parte que trata da sinalização de trânsito. A lei atual determina que, sempre que necessário, seja colocada ao longo da via sinalização prevista no código e em legislação complementar.

Rose de Freitas espera que a medida contribua para reduzir os acidentes de trânsito que ocorrem pelo engavetamento de veículos, quando um deles se encontra estacionado na pista de rolamento sem a devida sinalização e o outro se choca contra a traseira do primeiro, sem tempo para desviar.
“Esses sinistros, na grande maioria, são fatais, sobretudo quando envolvem caminhões parados e automóveis. A violência do choque é proporcional ao peso do veículo de transporte de carga”, adverte a deputada.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Feliz Natal

O Blog dos Cegonheiros deseja a todos os caminhoneiros, visitantes, leitores e amigos um Feliz Natal!! Que esse fim de semana natalino seja especial para todos, momento de reflexão, mudanças amizades tudo de melhor para todos nós. E aqueles que estão longe da família e amigos rodando pelas estradas, saibam que estão em pensamento nesta data tão especial.
Um abraço Blog dos Cegonheiros

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Scania corta produção em 15% por causa de redução na demanda

A fabricante sueca de caminhões Scania afirmou nesta terça-feira que vê uma nova desaceleração na demanda em vários mercados e que vai reduzir a partir de janeiro sua produção em cerca de 15 por cento na Europa e América Latina.
"A desaceleração na Europa e Oriente Médio continuou. Enquanto isso, estamos também vendo uma taxa menor de encomendas de outros mercados", disse a Scania em comunicado.

"No Brasil, há incerteza sobre a tendência do mercado durante o primeiro semestre de 2012 à luz da transição para a nova legislação (de emissão de poluentes) Euro 5 e da tendência de demanda global por produtos agrícolas e outras commodities", acrescentou a empresa.
A Scania informou que o corte na produção será feito dentro de atuais acordos de flexibilidade na companhia. A empresa não vai renovar contratos de mais de 1.000 funcionários contratados por período definido.
FONTE: G1

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Sem deixar saudades

A opinião é unânime. É raro encontrar um motorista autônomo que gosta de ter o transporte de cargas quitado por meio da carta-frete. Talvez por isso, o fim definitivo desta forma de pagamento, utilizada por mais de 50 anos em todo o Brasil, esteja sendo tão comemorado pela categoria. Por conta das mudanças, a partir de janeiro do próximo ano, o carreteiro que for pego carregando a carta-frete poderá ser multado em R$ 550,00, e o transportador responsável pelo pagamento do transporte em 100% do valor do frete, com mínimo de R$ 550,00 e máximo de R$ 10.500, conforme disposto na resolução nº 3.658/11, da ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre).
Entre os motoristas, a medida é bem vinda. O estradeiro José de Oliveira Nascimento, de 58 anos - 16 deles vividos nas rodovias do País -, por exemplo, diz que tentou sempre não ter o frete pago por meio deste sistema. "Eu desistia quando era carta-frete. Além de nem todo o posto receber a tal carta, o diesel ficava muito mais caro. Nunca valeu a pena", comenta. Na sua opinião, entre as opções oferecidas pela ANTT a melhor forma para receber o pagamento pelo seu trabalho é o depósito em conta-bancária. Para ele, assim como a carta-frete "os cartões não são aceitos em todos os estabelecimentos comerciais".
Em compensação, na opinião do carreteiro Sirinei Fernandes da Costa, de 70 anos de idade e 25 na estrada, o cartão é a melhor forma para receber o frete. "Depósito em conta não é bom, porque acaba demorando muito. Você faz o transporte e o pagamento é colocado na sua conta bancária muito tempo depois", argumenta. Outro motorista que elegeu o cartão como a melhor forma de pagamento é Sérgio Magalhães, de 46 anos e mais de 20 de profissão. "O depósito acaba demorando muito, o cheque pode estar sem fundo, por isso o cartão é a melhor opção para mim", avalia. O gaúcho Sebastião dos Santos, 48 anos e há 15 de profissão, destaca que a carta-frete sempre foi muito ruim, pois limitava e encarecia o abastecimento do caminhão. Por isso, na sua avaliação, entre as atuais opções para o pagamento do transporte o cartão é também o mais prático. "Se você precisa de dinheiro é só ir a um banco, ou então usá-lo direto no estabelecimento", destaca.
Doraí Rosa Nunes, do Sul de Minas Gerais, de 36 anos e 18 na estrada, acredita que devido aos baixos valores pagos pelo transporte de carga, a carta-frete acabou ficando ainda mais prejudicial ao motorista. "Tem muito frete a disposição, mas os valores em geral não compensam. São muito baixos. Imagina se você ainda acaba pagando mais caro para abastecer? Isso complica muito mais nossa vida. Hoje, quando um frete está com um valor bom, muitas empresas pagam com cheque. Mas cartão ou o depósito em conta pra mim é muito melhor", garante. Há três anos na profissão, Caio Cesar Rodrigues, de 21 anos de idade, concorda com o colega e também acrescenta a dificuldade para se conseguir um frete. Segundo ele, boa parte da oferta está com valor muito baixo, e associa que acabar com a carta-frete é a melhor coisa. "A gente já não tem recebido muito pelos fretes, se ficar boa parte nos postos, aí é que não vale a pena mesmo. A carta-frete demorou para ser extinta", comemora.
Com 25 anos de experiência no trecho, Geraldo Marinho de Carvalho, 43 anos, relata que tinha muita dificuldade para trocar a carta-frete. "Nem todos os postos aceitavam, por isso acabávamos perdendo muito dinheiro", ressalta. Entretanto, agora ele garante que já está preparado para as novas formas de recebimento, pois além da conta bancária aberta em seu nome ele já possui o cartão pré-pago. "Esses novos modos de pagamento são muito melhores", destaca.
Na opinião do catarinense Pedro Paulo Martins, 44 anos e 12 na profissão, a carta-frete nunca trouxe vantagem alguma para o carreteiro. "Só era bom para a empresa dona da carga e o proprietário do posto, porque para o carreteiro sempre foi algo muito ruim". Na opinião dele, entre o depósito e o cartão, ele prefere o segundo, pois pensa que o depósito "fica a Deus dará". Entretanto, afirma que boa parte dos fretes que realiza atualmente são pagos com cheque. BOX Fiscalização COMEÇA EM JANEIRO No dia 21 de outubro de 2011, a ANTT publicou no Diário Oficial da União a Resolução nº 3.731, que determina a extensão do prazo da adequação ao novo sistema do pagamento de frete. O texto alterou o artigo 34 da Resolução nº 3.658/11, de abril de 2011, e prorrogou para mais 90 dias o prazo - antes estipulado em 180 dias - para a fiscalização com fins educativos. Dessa forma, o prazo para iniciar a fiscalização da carta-frete, passaria a valer a partir de 24 de outubro foi estendido para 23 de janeiro de 2012.
Questionada sobre o motivo da prorrogação do prazo, a agência reguladora justificou que a medida foi decorrente de solicitação do próprio setor e da necessidade de repor o período educativo inicial, dado que as empresas administradoras de pagamento eletrônico de frete, homologadas pela ANTT, começaram a operar somente em 27 de setembro de 2011, reduzindo o prazo de 180 dias da campanha educativa para menos de 30 dias. Portanto, o prazo da fiscalização educativa foi prorrogado por mais 90 dias, começando a aplicação das penalidades a partir do dia 23 de janeiro de 2012. Vale ressaltar que a denúncia do carreteiro é muito importante para que a lei seja cumprida. Para isso, a ANTT coloca a disposição do motorista a central de atendimento: 0800-610300.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Rodovias do Rio de Janeiro terão restrição a caminhões

Visando à diminuição de congestionamentos nas rodovias do Rio de Janeiro no período do verão, o Governo do Estado proibirá caminhões com mais de dois eixos a trafegarem nas estradas. A BR-495, que liga as cidades serranas de Petrópolis e Teresópolis, será a primeira a contar com a restrição, que passará a valer a partir da segunda quinzena de janeiro de 2012. A expectativa é de que até o Carnaval todas as rodovias estejam operando dentro da nova norma.
As restrições ocorrerão às sextas-feiras, das 17h até a meia-noite; aos sábados, das 7h às 13h, e aos domingos, durante todo o dia. Em vésperas de feriados e feriados a regra também é válida.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Fila por caminhão pesado nas revendas e nos portos

Para atender a demanda recorde da safra agrícola brasileira, a venda de caminhões extrapesados ganha espaço e cresce na faixa de dois dígitos, o que anima empresas especializadas na revenda de caminhões, como a Iveco, subsidiária da Fiat. A empresa projeta seguir o fortalecimento do agronegócio e abrir 40 lojas, chegando a 140 concessionárias até 2015. Por outro lado, os portos devem novamente ver forte expansão de filas de caminhões por causa dos recordes de embarques e desembarques de mercadorias. Logo, a previsão é que 2012 ainda seja um ano de gargalos e de filas. "Esse
tipo de caminhão [extrapesado] aumenta a flexibilidade do transporte, já que busca os produtos em cidades  que tenham ferrovias e de lá traz para cooperativas ou faz escoamento direto para o porto", explica Alcides Cavalcanti, diretor-comercial da Iveco no Brasil, que prevê vender este ano 10% mais veículos desse porte do que no mesmo período do ano passado. 
Por outro lado, Osvaldo Agripino de Castro Jr., consultor portuário, adverte que em 2012 haverá filas de caminhões e navios se nada for feito a respeito do acesso a estes complexos portuários. "Hoje em dia sai mais caro o frete rodoviário da Região Centro-Oeste ao Porto de Paranaguá do que o frete marítimo de Paranaguá a países da Ásia, o que é um absurdo", acusa. Enquanto isso, os portos trabalham de maneira incessante. Os de Santos, Paranaguá e Antonina viram, de janeiro a outubro deste ano, uma movimentação recorde de cargas. Em Santos, houve aumento de 8,8% das importações, um crescimento excepcional do complexo.
FONTE: DCI