sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Fim da carta-frete inaugura uma nova fase para os caminhoneiros autônomos

“Nós temos mais de 2 milhões de fiscais, que são os próprios motoristas”, enfatizou José Araújo da Silva, o “China”, presidente da Unicam (União Nacional dos Caminhoneiros do Brasil), ao comentar sobre o fim da carta-frete e a entrada em vigor desde o dia 23 de janeiro do novo sistema de pagamento de fretes estabelecido pela Resolução 3.658 da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
“A Unicam está empenhada para fazer cumprir a lei. Na semana que vem, vamos distribuir um milhão de cartilhas com orientações sobre o novo sistema de pagamento. Além disso, estamos de plantão para dar assessoria jurídica ao caminhoneiro em qualquer parte do Brasil. Basta nos procurar”, disse China.
Quando questionado sobre a eficácia da fiscalização por parte da ANTT, o presidente da Unicam acredita que os próprios caminhoneiros trabalharão a favor, denunciando quando se confrontarem com irregularidades: “Sabemos que muitos – postos e transportadoras mal intencionadas – tentarão burlar, mas a hora da mudança é agora. O autônomo já sofreu 50 anos de ‘ditadura’ de carta-frete”.
“É necessário que as empresas se preparem para cumprir a regulamentação. Somos favoráveis a esta legislação que extingue a utilização da carta-frete e transfere este pagamento para sistemas eletrônicos, utilizando serviços bancários”, declara Flávio Benatti, presidente da NTC&Logística.

Inclusão social & Renovação de frota
Um dos frutos da nova lei é a possibilidade de formalizar um público consumidor que sempre encontrou problemas na hora de obter um financiamento: “O fim da carta-frete colabora muito com a inclusão social do motorista profissional, e poderá fazer com que ele realmente consiga comprar um caminhão melhor. Hoje, a idade da frota guiada por autônomos beira quase 20 anos, enquanto grandes empresas trocam um veículo depois de seis anos de uso. É uma disparidade enorme, mas que pode ser alterada”, analisa China.
Benatti, da NTC&Logística, concorda: “Com os sistemas eletrônicos de pagamento, este motorista terá acesso a uma comprovação de renda por meio de histórico bancário, podendo renovar seu veículo com auxílio dos programas de financiamento. E com veículos novos será possível reduzir as emissões de poluentes, diminuir o índice de acidentes nas estradas e otimizar os serviços de transportes no País”.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O perigo de suspender a traseira do caminhão

Caminhoneiros desconhecem as consequências de levantar a traseira do caminhão e provocam desgaste prematuro de peças, arriscando-se nas estradas.
Adversidades não faltam no dia a dia do caminhoneiro – chuva, enchente, sol escaldante, trânsito, estradas esburacadas, entre outras, que resultam em perda de tempo, danos na mercadoria, atrasos na entrega, gastos desnecessários e até acidentes. No entanto,
diversos imprevistos poderiam ser evitados apenas com mais informação sobre os riscos de descaracterizar o caminhão. Nem todos caminhoneiros têm conhecimento, mas modificar as características do veículo pode trazer prejuízos e causar desastres. “Muitos caminhoneiros levantam a traseira do caminhão apenas por uma questão estética e acabam comprometendo a dirigibilidade do veículo. Ao arquear molas para empinar a traseira do veículo há mudança no centro de gravidade e modificação na distribuição da carga transportada. Isto resulta em mais peso sobre o eixo dianteiro e, consequentemente, ocorre maior desgaste de pneus e buchas”, alertou Airton Spada, chefe de oficina da Tietê Veículos.
Ele chama atenção também para simples ações que podem livrar os caminhoneiros a enfrentar situações desagradáveis. “Com inspeções diárias e semanais, o motorista pode rodar com tranqüilidade”, disse Spada, recomendando: “Verifique a pressão dos pneus, o filtro de combustível, nível de óleo do motor e do líquido de arrefecimento”. Segundo o chefe de oficina da Tietê Veículos, grande parte dos motoristas acredita que o nível de óleo deve estar na marca superior da vareta, no entanto, precisa ficar entre as marcas de mínimo e máximo. Para que o caminhão não fique sem partida, a bateria deve ser checada.
É preciso ficar atento também com o sistema de freio. Nos caminhões modernos já existe acionamento automático do balão de ar. Já nos mais antigos, é necessário drenar a água do balão. “É uma operação simples que não demora mais que 30 segundos. Ao puxar a cordinha, retira-se toda a água do sistema de freio”, explicou. Com isso, as válvulas não enferrujam e o sistema de freio será muito mais eficiente e terá maior durabilidade.
Perfil da Tietê Veículos - A Tietê Veículos, empresa pertencente ao Grupo Comolatti . figura na lista dos maiores revendedores MAN Latin America, sendo qualificada pela montadora instalada em Resende (RJ) como Dealer Premium no “Dealer Premium”, programa de avaliação de desempenho dos concessionários que analisa 50 critérios nas áreas de vendas, peças, serviços, treinamento, instalações e finanças. Também foi selecionada pela Revista Exame entre as 1.000 Melhores e Maiores do Varejo do Brasil. 
FONTE: Segs 

domingo, 22 de janeiro de 2012

Multas para utilização de carta-frete começam no próximo dia 23

Na próxima segunda-feira, dia 23/01, encerra-se o prazo para as transportadoras e caminhoneiros autônomos se adaptarem ao fim da carta-frete, o documento sem valor fiscal que motoristas recebem como adiantamento pelos serviços prestados.
Tradicional no meio estradeiro, a carta é “descontada” em postos de combustíveis, que exigem que parte do valor seja gasto na compra de diesel. O posto cobra o valor integral da carta das transportadoras. Com seu fim previsto oficialmente na Lei 12.249/2010, as novas regras constam na Resolução 3.658/2011 da Agência Nacional do Transporte Terrestre (ANTT).

A partir do dia 23/01, transportadoras que ainda utilizarem a carta-frete poderão ser multados em até 50% do valor total de cada serviço irregularmente pago. Já o motorista autônomo que aceitar o pagamento pode ser multado em R$ 550,00.
O fim da carta-frete tem como benefícios a “concessão de liberdade” ao motorista autônomo para escolher o posto de abastecimento. E o extrato bancário servirá como comprovante de rendimentos em financiamentos para troca do veiculo e renovação da frota.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Segmento de caminhões semipesados foi o que mais cresceu em 2011

O segmento de caminhões que teve o melhor desempenho de vendas no ano passado foi o de semipesados. Os veículos com PBT (Peso Bruto Total) igual ou acima de 15 toneladas registraram um aumento de 16,9% nos licenciamentos de 2011 na comparação com 2010. Foi o melhor índice de aumento, seguido pelos leves (que subiu 13,4%), semileves (alta de 8,5%), médios (2,8%) e pesados (2,2%). No total, o mercado cresceu 9,6%, com 172.902 licenciamentos entre janeiro e dezembro de 2011. Os dados são da Anfavea, entidade que reúne as fabricantes de veículos do Brasil.

Em números absolutos, os semipesados chegaram a 58.430 licenciamentos em 2011, 8.450 unidades a mais do que no ano de 2010 (que fechou em 49.980 veículos). Este nicho, que se dedica principalmente às operações de distribuição nos grandes centros urbanos e ao transporte rodoviário de médias e longas distâncias, teve no ano passado a estréia de uma marca já conhecida no segmento de pesados: a Scania.
O modelo P 270 é oferecido nas potências de 250 e 310 cavalos, e conta desde outubro com a opção de um modelo a etanol de 270 cavalos apresentado na última Fenatran. Sua CMT (Carga Máxima Total) pode chegar a 45 toneladas. Seu chassi rígido é oferecido nas configurações 4×2, 6×2 e 8×2. Um exemplo da tecnologia voltada à aplicação é a caixa de mudanças de oito marchas – como andar na cidade exige velocidades variadas, a GR801 foi projetada especialmente para o “anda e para”.
Em seu primeiro ano de atuação no segmento de semipesados, a Scania realizou 323 licenciamentos, segundo dados da Anfavea. O Portal Brasil Caminhoneiro entrou em contato com a empresa para saber mais sobre o desempenho do P 270, mas os executivos brasileiros da montadora sueca estão envolvidos no fechamento do balanço mundial do grupo, e não poderão comentar dados de mercado até o final de janeiro.
A líder do segmento
Repetindo a performance de 2010 (e pelo quinto ano consecutivo), a MAN Latin America e seus caminhões Volkswagen fecharam 2011 na liderança de vendas dos semipesados. Foram 20.961 unidades licenciadas frente os 15.776 da Mercedes-Benz, e os 11.870 da Ford.
Dados da Fenabrave (entidade que congrega concessionárias de todo o Brasil) apontam que o semipesado mais vendido em 2011 foi o VW Constellation 24.250 (foto de abertura): foram 12.740 unidades. Na seqüência, estão o Mercedes-Benz 1620 (5.499), o Volvo VM 260 (4.751), outro Mercedes – o Atego 2425 (4.614) e o Ford Cargo 2428 (4.281).
“O VW Constellation 24.250 não é um veículo adaptado. Ele foi desenvolvido para atender as reais necessidades do segmento, sendo construído através do processo Tailor Made (em tradução livre, ‘sob medida’)”, disse Ricardo Alouche, diretor de Vendas, Marketing e Pós-Vendas da MAN Latin America.
Apesar do desempenho comercial ainda tímido da Scania no segmento de semipesados, é de se esperar que a marca sueca irá lutar fortemente para aumentar sua participação no mercado. Alouche comenta: “Isso é natural, mas nosso posicionamento sempre foi e continuará sendo o de atender as exigências dos clientes mais exigentes, sendo ágeis para nos adaptar às mudanças de mercado sempre que elas ocorrerem”.
Com a nova norma Proconve P-7, o sucessor do 24.250 será o Constellation 24.280 Advantech, já lançado na última Fenatran e equipado com motor MAN D-08 com tecnologia EGR. “O grande diferencial deste novo produto é que ele não necessita da adição do aditivo Arla 32 para atender o padrão de emissões exigido pela lei a partir de janeiro deste ano”, finaliza Alouche.

Licenciamentos de Semipesados em 2011 (Anfavea)
1)    MAN: 20.961
2)    Mercedes-Benz: 15.776
3)    Ford: 11.870
4)    Volvo: 5.006
5)    Iveco: 4.475
6)    Scania: 323
7)    International: 13

Semipesados mais emplacados em 2011 (Fenabrave)
1)    VW 24.250: 12.740
2)    Mercedes-Benz 1620: 5.499
3)    Volvo VM 260: 4.751
4)    Mercedes-Benz Atego 2425: 4.614
5)    Ford Cargo 2428: 4.281
6)    Mercedes-Benz: 4.277
7)    Ford Cargo 2628: 2.624
8)    Ford Cargo 2422: 2.446
9)    Mercedes-Benz 2726: 2.257
10)    VW 19.320: 2.250
Linha tradicional da Mercedes-Benz ainda atrai o mercado, deixando a fabricante na segunda posição de marca e modelo mais vendidos em semipesados. Acima, o 1620.
FONTE: Brasil Caminhoneiro

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Motoristas terão que reconhecer firma para transferência de multas

Em julho, o motorista que quiser transferir multa e livrar-se dos pontos recebidos na CNH por causa de infrações de trânsito será obrigado a reconhecer firma. A meta da Resolução 363/10 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) é eliminar as fraudes nas transferências de pontos.
A medida vale para todo o Brasil, e terminará com o processo atual, que exige somente uma declaração assinada para que a pontuação emitida para o dono do carro seja assumida por outra pessoa que afirme que estava dirigindo o veículo na hora da infração.

A nova regra deveria ter entrado em vigor no ano passado, mas o prazo foi adiado pelo Contran, por conta de uma “necessidade de aperfeiçoamento para perfeita adequação ao ordenamento jurídico brasileiro”, segundo anúncio do órgão em setembro.
De acordo com a nova lei, quando a autenticação em cartório não for possível, será necessária a presença das duas pessoas envolvidas no órgão de trânsito (Detran) para que o recurso seja encaminhado e aceito.
Para as empresas com veículos conduzidos por funcionários, será preciso também autenticar em cartório a documentação em que o empregado/motorista se responsabiliza por eventuais infrações de trânsito registradas.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

MB inicia produção em série de caminhões em Juiz de Fora

Marco histórico viveu a unidade Mercedes-Benz de Juiz de Fora, Minas Gerais, na terça-feira, 3 de janeiro de 2012. Na data foi iniciada oficialmente a produção em série de caminhões na planta, inaugurada em 1999 para fabricação do modelo Classe A, um automóvel.
O processo de try-out, iniciado em outubro, foi encerrado em dezembro.
De acordo com a fabricante 100% da produção do modelo Accelo, caminhão leve e atual modelo de entrada Mercedes-Benz após a aposentadoria do 710, já foi transferida para Minas Gerais. Antes, o modelo era produzido em São Bernardo do Campo.
Também foi iniciada a produção seriada do caminhão pesado Actros, antes importado completo da Alemanha e agora montado em CKD.
A produção em série iniciada neste 2012 foi resultado de um intenso trabalho da Mercedes-Benz, que durou mais de um ano, para transformar uma fábrica de automóveis para outra bem diferente, de caminhões. Em sua carreira de veículos leves, Juiz de Fora montou cerca de 140 mil automóveis em onze anos de vida, especialmente Classe A e CLC.
O anúncio de que Juiz de Fora – que conviveu por largo período com ampla série de informações de bastidores que apontavam possível venda ou fechamento – produziria caminhões ocorreu em março de 2010.
Uma das ações promovidas pela fabricante foi desenvolver sistema logístico complexo, já que a maior parte dos componentes utilizados em Juiz de Fora ainda vem do ABC Paulista.
Outra iniciativa envolveu o treinamento dos funcionários. Grupo de cinquenta deles passou cerca de um ano na unidade de veículos comerciais da Mercedes-Benz em Wörth, cerca de cem quilômetros de Stuttgart, Alemanha, para vivenciar na prática a fabricação do Actros, enquanto outros 350 eram treinados em São Bernardo do Campo. Esta fase já foi superada por completo, e atualmente os oitocentos trabalhadores atuam em suas novas funções com o conhecimento adquirido e necessário.
Foram investidos cerca de R$ 450 milhões em Juiz de Fora, onde se aproveitaram, basicamente, os prédios construídos. A maior parte dos equipamentos é nova. A área construída cresceu com ampliação da área de montagem final, e agora é de 177 mil m2. Outra novidade foi a integração de sistemistas: Maxion, Seeber e Randon já estão lá.
A previsão para este ano é de produção total de 15 mil unidades de Accelo e Actros, com 96% e 44% de índice de nacionalização, respectivamente.
FONTE: AutoData

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Eficiência de diesel S-50 depende de novos caminhões

O diesel S-50 (50 partes de enxofre por milhão) só vai produzir efeitos positivos na atmosfera com os novos caminhões que utilizam motores com tecnologia mais avançada ganharem as ruas. O combustível, menos poluente, já está disponível em 1.200 postos, mas para obter melhores resultados é necessário que seja utilizado por motores eficientes.
"No Brasil, tem mais postos do S-50 do que veículos para consumir esse tipo de combustível, porque o uso efetivo de novos caminhões não será imediato. Ainda há muitos veículos acumulados no pátio das montadoras", diz o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz. Ele afirma ainda que as expectativas de crescimento para esse mercado são positivas.
Segundo o diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Allan Kardec Duailibi, outros dois tipos de diesel continuam sendo vendidos, mas a agência vai incentivar a venda do S-50. ANP distribuiu adesivos promovendo o uso do S-50. Além disso, serão entregues cartilhas para orientar os revendedores de combustíveis.
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) já havia definido a substituição gradativa do diesel S-500 pelo S-50 a partir de 2009. Entretanto, ela só começou a ser implantada neste mês. A partir do ano que vem, o acordo prevê a substituição do S-50 por uma versão de diesel com teor de enxofre ainda menor, o S-10, com limite de 10 ppm de enxofre.
FONTE: Terra

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A extinção da carta-frete a partir de 23/01/2012

A Lei 12.249/2010 promoveu alteração significativa no regime jurídico do transporte rodoviário de cargas. Extinguiu a "carta-frete" como meio de pagamento de transportadores autônomos. A partir do próximo dia 23 vence o prazo estipulado na Resolução 3.658/2011 da Agência Nacional do Transporte Terrestre (ANTT) para adequação do setor. Os fretes somente poderão ser liquidados através de crédito em conta, depósitos ou por meio eletrônico.
A carta-frete representa um crédito do transportador autônomo com a empresa transportadora. Serve como meio de pagamento do serviço prestado. A conversão do crédito em dinheiro depende da aceitação da carta pelos postos de gasolina que - dentre outras exigências - condicionam que parte do valor seja utilizada na aquisição de combustível.
A medida beneficia o motorista autônomo que passará a ter maior liberdade para escolher o posto de reabastecimento. Fora isto, a alteração legislativa busca facilitar a aprovação de crédito para troca de veículo. Parcela significativa do transporte rodoviário é efetuada por TAC's - Transportadores autônomos de carga - e a dificuldade da comprovação de rendimentos é um empecilho para a obtenção de financiamento. A legislação tenciona sanar este problema. As movimentações financeiras servirão como comprovante de rendimentos.
A despeito dos benefícios propalados, é de se denotar que a nova legislação demonstra uma intervenção estatal bastante severa no setor privado, desafiando, inclusive, princípios constitucionais. Proíbe o pagamento dos fretes em dinheiro, limitando a circulação da moeda, como também impõe a obrigatoriedade da abertura de conta de depósitos, limitando a liberdade dos contratantes. Empresas que operam no setor alegam que com as alterações os custos do transporte irão crescer.
Por derradeiro, a Resolução 3.658/2011 da ANTT prevê sanções tanto para a empresa transportadora como também para o motorista autônomo. Aquela poderá ser multada em 50% do valor total de cada frete irregularmente pago. Quanto ao motorista autônomo, a multa prevista é de R$ 550,00 no caso de consentir com o recebimento por outro meio que não os previstos na legislação.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Frotista quer tolerância maior de peso.

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) prorrogou para 31 de maio deste ano o prazo da tolerância máxima de 7,5% do peso – acima do limite de peso bruto – que pode ser transmitida por cada eixo de veículo à superfície das vias públicas. Apesar da nova data, que já foi prorrogada outras vezes, o setor de transporte de cargas aguarda uma nova posição sobre o tema e reivindica um novo valor de tolerância – considerado mais viável – de até 11%.

“A distribuição da carga de maneira uniforme por todo o veículo é impraticável por causa de uma série de problemas”, explica o diretor da área técnica da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística), Neuto Gonçalves dos Reis. Segundo ele, esses fatores justificam a reivindicação de que o Contran não deve confiar apenas na exatidão das balanças para fazer a fiscalização.
Entre as dificuldades, Reis cita a existência de irregularidades e desnivelamentos na entrada e saída do local de pesagem, a diminuição da precisão das balanças ao longo do tempo – a lei exige que elas sejam reguladas apenas uma vez por ano –, a variação do peso dos veículos à medida que o tanque de combustível é utilizado e a influência da pressão atmosférica, da temperatura e da umidade do vento.
Outro item que dificulta a distribuição exata por eixo, de acordo com o diretor, “são as cargas que se deslocam durante a viagem, indo de um eixo para outro”. Alguns exemplos são as cargas a granel (soja, milho, trigo e outros grãos), de madeira e de cana-de-açúcar. Além disso, Reis frisa que o remanejamento dos produtos dentro do caminhão, à medida que são descarregados, não é uma tarefa simples.
Sobre o desenrolar do processo até o prazo estipulado - 31 de maio -, Reis acredita que um novo grupo de trabalho seja formado para discutir o assunto e chegar a um acordo com o Contran. Em relação à fiscalização que será executada, diz que “na pior das hipóteses, a situação fica como está, nos 7,5%”. Mas garante que o setor vai batalhar por mais: uma média de 9% ou algo maior.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Proposta quer incentivar troca de veículos com mais de 15 anos de uso

Os proprietários de caminhões com mais de 15 anos de uso poderão receber uma linha de crédito para comprar um veículo novo, caso seja aprovado o Projeto de Lei 2513/11, do deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS). O texto também inclui ônibus e automóveis.
O projeto quer incentivar a troca por meio de linha de crédito oferecida pelo poder público e da compra dos veículos usados por órgãos estaduais de trânsito, que serão aceitos como parte do pagamento e leiloados como sucata.

O financiamento será oferecido também aos proprietários de veículos com 10 anos de uso, que poderão ser submetidos à inspeção para avaliar se já estão aptos a participar do programa.
Para Ronaldo Nogueira, a medida irá melhorar o trânsito, a segurança de motoristas e pedestres e ajudar a controlar a emissão de gases poluentes e ruídos. “Programas como esse já foram implantados de maneira eficaz em muitos países. O Brasil precisa fazer sua parte, criando mecanismos para financiar e operacionalizar a renovação de sua frota”, disse.
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Viação e Transporte, Finanças e Tributação e de Constituição Justiça e de Cidadania.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Copa no Brasil deve aquecer o setor de veículos comerciais

A produção brasileira de veículos totalizou 3,4 milhões de unidades no ano passado. Isso representa um aumento de 0,7% em relação a 2010, conforme dados divulgados ontem pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O destaque do ano, no entanto, ficou por conta dos segmentos de veículos comerciais leves e ônibus, que tiveram expansão significativa dos licenciamentos (13,8% e 22%, respectivamente), mostrando que as montadoras já estão se preparando para a demanda provocada pelos eventos esportivos no País, principalmente a Copa de 2014.
"O mercado para a Copa do Mundo deve ficar bastante aquecido, gerando uma demanda de cerca de 5 mil veículos pesados. Queremos 40% desse montante", afirmou ao DCI o presidente da Volvo Bus no Brasil, Luiz Carlos Pimenta. Ele ressalta que as prefeituras já estão desenhando os seus corredores para abrigar o chamado BRT - que é traduzido para o português como Serviço de Ônibus Rápido. "Estamos disputando licitações", diz Pimenta.
O mercado de comerciais leves e ônibus é um bom termômetro de como anda a demanda de veículos para os eventos esportivos. De acordo com a Anfavea, o número de veículos comerciais leves, muito utilizados para transporte de mercadorias em grandes centros, chegou a 778,4 mil unidades licenciadas. Já o segmento de ônibus teve 34,6 mil veículos vendidos no ano passado.
A Mercedes-Benz, que viu seu market share no segmento de ônibus encolher com a forte entrada de empresas como a MAN Latin America, comercializou cerca de 14,9 mil chassis em 2011, aumento de 4,1% do que no ano anterior. Já a MAN Latin America, subsidiária do Grupo Volkswagen, vendeu 11,1 mil ônibus no ano passado, aumento de 48,1% na mesma base de comparação. 
A Volvo, que vem apresentando considerável crescimento nos últimos anos nesse nicho, comercializou 1,35 mil ônibus em 2011, aumento de 140,2% em relação ao ano anterior. "Tivemos um crescimento significativo no ano passado em razão do período pré-eleitoral, pois em 2012 as prefeituras não poderão realizar licitações", afirmou Pimenta. 
O gerente-executivo de Vendas de Ônibus da Scania Brasil, Wilson Pereira, afirma que os trabalhos já começaram dentro da montadora visando a demanda dos jogos da Copa. "Se tivermos um crescimento de 10% das vendas, para nós já será muito bom", disse. Segundo dados da Anfavea, 1,39 mil chassis de ônibus da marca foram vendidos em 2011, aumento de 38,6% na comparação com o ano anterior. A Iveco também apresentou crescimento considerável em 2011, de 176,4%, totalizando 1,39 mil ônibus vendidos.

Comerciais leves
A Volkswagen pode comemorar os números de 2011 no segmento de comerciais leves. A montadora comercializou 112,8 mil unidades no ano passado, crescimento de 17,2% em relação a 2010. Já a Mercedes-Benz licenciou 6,3 mil comerciais leves em 2011, aumento de 8% na mesma base de comparação. Já a Iveco quase dobrou suas vendas no ano passado, passando de 3,4 mil unidades para 4,9 mil.

Veículos leves
As vendas totais de veículos - leves e pesados - no mês de dezembro somaram 348,4 mil unidades, volume que representa um crescimento de 8,4% em relação ao mês imediatamente anterior, segundo a Anfavea. Na comparação com dezembro de 2010, houve queda de 8,7%. 
Esse total das vendas considera os negócios não apenas com veículos nacionais, mas também com os importados, que, mesmo com o aumento do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), tiveram aumento de participação no mercado interno, de 18,8%, em 2010, para 23,6% em 2011. As exportações de veículos somaram US$ 12,3 bilhões no ano passado, crescimento de 16,8% em comparação a 2010, quando essa cifra era de cerca de US$ 10,5 bilhões.
A demanda aquecida no Brasil se reflete entre os vizinhos do Mercosul. Segundo a Associação de Fábricas de Automotores da Argentina (Adefa), as exportações totais da indústria local retrocederam 11,4%, para 35,5 mil unidades, em dezembro, mas ao longo dos 12 meses do ano passado acumularam alta de 13,1%, para 506,7 mil unidades. O mercado brasileiro absorveu 80% do total exportado pela Argentina e, 2011.
O presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, disse na última coletiva de imprensa da entidade, em dezembro, que em 2012 a indústria deve crescer cerca de 5%. 
FONTE: DCI

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Pelo quinto ano consecutivo, um caminhão Volkswagen é o mais vendido do Brasil

Pelo quinto ano consecutivo, um caminhão Volkswagen é o mais vendido do Brasil. O modelo VW Constellation 24.250, que há quatro anos ocupa o primeiro lugar no ranking, conquistou o topo da tabela com 12.721 unidades emplacadas, segundo dados públicos do Registro Nacional de Veículos Automotores - Renavam. Mais dois veículos Volkswagen aparecem no ranking: o VW Delivery 8.150 – líder do ranking em 2007 -  foi o segundo colocado, com 7.688 unidades, e o VW Delivery 9.150, que conquistou a sétima colocação, com 5.061 caminhões emplacados no Brasil.
Além das excelentes colocações no ranking, a MAN Latin America comemora mais uma marca: a empresa é a primeira do País em vendas de veículos comerciais com 61.968 unidades entre caminhões e ônibus vendidos em 2011, um crescimento de 18% em relação a 2010. A empresa é ainda líder há nove anos consecutivos na venda de caminhões no Brasil. No ano passado, foram 50.829 caminhões emplacados e uma participação de 29,7%, de acordo com dados do Renavam.
Veículo de vocação estradeira, o VW Constellation 24.250 possui terceiro eixo de série e oferece a confiabilidade do motor eletrônico Cummins turbo intercooler. Sua cabine reúne características de grande conforto e produtividade, e é oferecida nas versões estendida e leito. Já o VW Delivery 8.150 alia as características de um caminhão robusto à maior capacidade de volume e carga. O modelo é ideal para frotas que fazem entregas urbanas e percorrem pequenas distâncias. Como os demais veículos da marca, a qualidade no acabamento e o pós-vendas eficiente completam os atrativos dos caminhões líderes de mercado.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Câmara analisa projeto que obriga impressão da placa na cobertura de caminhões baú

O projeto de lei do deputado Antonio Bulhões (PRB-SP) prevê a obrigatoriedade de impressão dos caracteres da placa de identificação doscaminhões baú na cobertura, que será regulamentada pelo CONTRAN (ConselhoNacional de Trânsito).
O objetivo dessa medida e facilitar a identificação doveiculo roubado quando os processos de buscas forem realizados. Para Bulhões,esse projeto poderá esclarecer o delito ou reduzir os prejuízos causados por ele.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O Adeus para F4000 e MB 710

Nem todos vão se lembrar e muito menos estarão ligados nisso, mas quando soar as badaladas do “Adeus Ano Velho. Feliz Ano Novo”, à meia noite do próximo sábado, não existirá ano novo para dois mitos do transporte urbano no Brasil. Com a chegada do padrão Euro V a partir do dia primeiro de janeiro, Ford F-4000 e Mercedes-Benz 710 estarão oficialmente fora das linhas de produção. A Ford não fez nenhum anúncio sobre a descontinuação da famosa e lendária linha Série F, já a Mercedes divulgou vasto material contando a história industrial do Lázaro, apelido carinhoso do Mercedinho 710   
Retirar do mercado um caminhão como o F-4000 que, apesar da idade tem seu público cativo, é uma decisão corajosa, mas a equação era mesmo econômica, por conta dos custos muito altos de produção de sua última geração. Com a saída do modelo, a empresa, além de perder vendas, abriria de graça espaço para os concorrentes, justamente em momento em que a concorrência se arma com muitas novidades.
FONTE: Transpoonline