quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Iveco inicia produção do novo Stralis Hi-Way em Sete Lagoas


A Iveco iniciou este mês, na sua fábrica de pesados em Sete Lagoas, MG, a produção do novo Iveco Stralis Hi-Way. A primeira unidade saiu da linha de montagem nesta quinta-feira, dia 20 de dezembro, e o produto estará disponível para vendas já no primeiro trimestre do próximo ano. Eleito o Caminhão do Ano 2013 na Europa, o extrapesado é o primeiro veículo da empresa a ser lançado simultaneamente no “velho mundo” e no Brasil. De acordo com o presidente da Iveco Latin America, Marco Mazzu, “o Stralis Hi-Way é um produto Premium que, além de oferecer o melhor custo operacional do seu segmento, reúne uma série de atributos tecnológicos e de conforto que o tornam, seguramente, um dos caminhões mais desejados do mercado brasileiro.
O Iveco Stralis Hi-Way chega ao Brasil em três versões (440, 480 e 560) e vai complementar a nova linha Stralis Ecoline lançada no último mês de setembro. Entre as principais características do novo veículo estão a nova cabine com design totalmente renovado, o restyling externo desenhado para melhorar ainda mais a performance aerodinâmica e, consequentemente, o desempenho e a eficácia do produto, os novos sistemas eletrônicos e o novo motor FPT Cursor 13 de 560 cavalos, que equipará a versão mais completa da nova gama.

De acordo com o diretor da plataforma de veículos pesados da Iveco Latin America, o engenheiro Marcello Motta, “toda a tecnologia embarcada no Stralis Hi-Way trará aos clientes uma série de ganhos em todas as áreas. Do ponto de vista de economia de combustível, por exemplo, enquanto o Stralis Ecoline já representava uma redução de até 7,5% no consumo de diesel em relação aos veículos da geração anterior, o novo Stralis Hi-Way traz um ganho adicional de 3,1%. Além disso, o caminhão tem custo de manutenção até 5% menor e ainda traz o melhor sistema de freio motor do segmento, o que aumenta de forma significativa a performance do produto na estrada”, completa.
Toda esta tecnologia está sendo produzida em uma das mais novas fábricas de caminhões do País. Com o sistema produtivo regido pelo WCM (World Class Manufacturing), todas as etapas industriais do Stralis Hi-Way, desde os processos de funilaria e pintura das cabines, passando pelo processo de montagem dos chassis, até a montagem final e testes, são rigorosamente controladas do ponto de vista de qualidade.
“Todas as operações chave do processo são controladas por sistemas à prova de erros, também conhecidos como Error Proofings ou Poka Yokes, que garantem a máxima confiabilidade industrial”, explica Maurizio Emo, diretor industrial da fábrica de Sete Lagoas. Outro ponto de destaque no processo produtivo do Stralis Hi-Way é a produção personalizada de cada caminhão. “Os operadores recebem em seu posto de trabalho apenas o kit necessário para a montagem de cada produto, eliminando assim o excesso de caixas de peças na produção. Assim o processo fica mais enxuto, seguro e preciso, garantindo ao cliente a entrega de um caminhão que possa superar suas expectativas em termos de qualidade e rentabilidade”, explica.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Caminhões deslancham e lojas já têm fila de espera

O ritmo da retomada da produção nas montadoras não acompanhou a intensidade da recuperação dos pedidos provocando um quadro de falta de produtos, peças e longos prazos de entrega. Nas concessionárias, há vendas contratadas para todo o primeiro trimestre de 2013. Em alguns casos, os modelos mais procurados estão disponíveis só para abril. O setor enfrentou um ano atípico em 2012. A antecipação de compras em 2011 devido à entrada de nova tecnologia juntou-se à falta do novo combustível nos postos e às incertezas com a economia e levaram a uma retração de 20% nos volumes no acumulado até agosto. Com estoques altos, a produção foi reajustada para volume 40% inferior. Montadoras suspenderam contratos de trabalho, reduziram jornadas e programaram paradas. Para reverter o quadro, o governo anunciou incentivos como juros negativos e programa de compras públicas. Quando os estímulos passaram a valer, em setembro, o mercado reagiu com força, de olho também na safra recorde de 2013, investimentos em infraestrutura previstos e a retomada da atividade. "O mercado já vinha demonstrando que precisava de produtos, com a taxa [reduzida], ele explodiu", diz Paulo Matias, presidente do conselho de caminhões da Abradif (associação dos concessionários Ford). Segundo ele, o modelo de maior procura na rede da marca só tem entrega para abril, ante um prazo normal de cerca de dois meses. "Há falta de caminhão por razão de corte de produção. Hoje, [as marcas] estão com as vendas comprometidas até março. O primeiro trimestre está basicamente acertado,", diz Alarico Assumpção, presidente-executivo da Fenabrave (associação das concessionárias). FONTE: FENABRAVE.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Renovação da frota de caminhões é fundamental para redução de custos e acidentes

Com mais caminhões antigos em circulação, está comprovado que aumentam os índices de poluição, o número de acidentes nas rodovias, o consumo de combustível e os gastos de manutenção, entre outros fatores. A renovação dessa frota e a eficiência logística foram tema de debate nessa quarta-feira (28), em Brasília, durante o 1º Simpósio Brasileiro de Políticas Públicas para Comércio e Serviços (Simbracs).
Moderado pelo presidente da Seção de Transporte de Cargas da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Flávio Benatti, o debate contou com a apresentação do programa da CNT RenovAr – projeto que vislumbra consolidar mecanismos econômicos, financeiros e fiscais para estimular a renovação da frota brasileira de caminhões.
De acordo com a coordenadora de projetos especiais da Confederação, Marilei Menezes, o programa tem como uma de suas metas auxiliar principalmente os profissionais autônomos. “À medida que a frota envelhece, ela passa da mão da empresa para o caminhoneiro autônomo, que é justamente quem tem mais dificuldade para acessar o crédito e menos condições de trocar por um veículo mais novo”, afirmou.

Atualmente, 32% da frota de caminhões do país têm mais de 20 anos e 17%, mais de 30 anos. “A média de idade dos veículos dos autônomos é de 21 anos, enquanto o das empresas, 8,8 anos. Se implementado, o programa RenovAr, desenvolvido pela CNT em 2009, pretende retirar os caminhões com mais de 20 anos de circulação em até dez anos”, afirmou Marilei.
Na mesma linha, o assessor do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), Samy Kopit, esclareceu que o órgão pretende facilitar o crédito aos caminhoneiros autônomos. “Dois programas estão em discussão. Um deles é a redução da taxa de juros para aquele que entregar o caminhão antigo para trocar por um novo ou seminovo. O outro vai atuar em conjunto com futuros centros de reciclagem. O caminhoneiro que entregar o caminhão nesses locais receberá um certificado e, com isso, terá direito a um crédito diferenciado junto ao BNDES”, explicou.
Segundo ele, os projetos ainda estão em fase de discussão e não têm previsão para sair do papel. “Precisamos agir rápido para estimular essa renovação. Entre janeiro e outubro deste ano, só desembolsamos pouco mais de R$ 14,5 bilhões em financiamentos de caminhão. No ano passado, esse valor foi de R$ 22,5 bilhões. Em 2010, foram mais de R$ 24 bilhões”, ressaltou, fazendo um paralelo com a redução do crescimento do PIB do país.
Ainda durante o debate, o diretor da empresa Júlio Simões Logística (JSL), Fernando Simões, defendeu mais investimentos na intermodalidade. “Hoje o transporte rodoviário é responsável por 61% do transporte total. O governo precisa agir mais rápido se pretende equilibrar com as ferrovias e hidrovias, como já foi anunciado. Só assim para conseguirmos reduzir o custo Brasil”, destacou. 
FONTE: Agronotícias 

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Em 30 anos, Mercedes-Benz já capacitou 200 mil motoristas no Brasil

A Mercedes-Benz já acumula 30 anos dos programas de treinamento voltados a empresas de transporte. Desde 1982, foram mais de 200.000 motoristas e monitores treinados, sendo 6.000 profissionais somente em 2012.
“Temos o compromisso com a formação dos motoristas, contribuindo para que eles aproveitem todo o potencial de seus veículos no dia-a-dia de trabalho e ainda possam contribuir para o aumento da segurança nas estradas”, afirma Eustaquio Sirolli, gerente sênior de Treinamento de Vendas e Pós-Venda da Mercedes-Benz do Brasil.
As atividades de treinamento, que, além de clientes, também atendem às equipes dos concessionários e da própria fábrica, são coordenadas pela área Global Training, localizada na planta da Mercedes-Benz do Brasil em Campinas (SP) e com unidades em Porto Alegre (RS) e Recife (PE).

Além dos recursos próprios a montadora utiliza centros de treinamento homologados, instalados junto aos concessionários da marca em Taboão da Serra (SP), Nova Iguaçu (RJ), Contagem (MG), Curitiba (PR), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE) e Belém (PA).
Somam-se ainda a estrutura de capacitação, as Unidades Volantes de Treinamento e as diversas parcerias da Mercedes-Benz com o SEST/SENAT, o que inclui a cessão de caminhões para atividades práticas.
A área Global Training da Mercedes-Benz do Brasil oferece o curso: Técnicas de Operação, que tem duração de 8 horas (módulo básico) ou 16 horas (avançado).
Criado inicialmente para abordar a condução econômica, esse treinamento foi aprimorado ao longo dos anos. Hoje, abrange também a maior durabilidade de agregados, como câmbio e embreagem, e especialmente a melhor utilização das informações fornecidas pelo veículo, como, por exemplo, pelo computador de bordo, disponível em alguns modelos de veículos.
O curso aborda também a preservação do meio ambiente, alertando os motoristas sobre a importância do seu desempenho na condução e manutenção de veículos para minimizar a emissão de poluentes.
A Mercedes-Benz também oferece aos frotistas o curso Formação de Monitores. Com duração de 5 dias, este treinamento aprofunda temas técnicos ligados a motor, câmbio, embreagem, eixos e transmissão, entre outros tópicos. Além disso, inclui um módulo sobre didática de treinamentos. Os participantes chegam a fazer apresentações filmadas, que são exibidas posteriormente aos alunos para avaliações quanto à postura e técnicas de treinamento.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Scania oferece 53 vagas de estágio

A Scania, fabricante sueca de caminhões e ônibus para transporte pesado e de motores industriais e marítimos, está com inscrições abertas até 17 de setembro para o Programa Jovens Talentos 2013.
Das 53 vagas, todas para São Bernardo do Campo (SP), 40 são destinadas a estudantes universitários com formação prevista para dezembro de 2014 nos cursos de administração de empresas, ciências da computação, ciências contábeis, economia, direito, engenharia (computação, produção, elétrica, mecânica), marketing, psicologia e secretariado executivo.
As outras 13 vagas são destinadas a estudantes do ensino técnico com formação prevista para dezembro de 2013 nos cursos de secretariado, administração, automobilística, logística, mecânica/mecatrônica, manutenção mecânica, mecânica de refrigeração, eletroeletrônica de manutenção e técnico em fabricação mecânica.
Para participar do processo seletivo, os estudantes devem ter inglês intermediário e conhecimento do Pacote Office. O programa oferece bolsa-auxílio, alimentação no local, transporte, assistência médica, serviço médico ambulatorial, serviço odontológico de emergência, seguro de acidentes pessoais e Scania Clube. Os interessados devem se inscrever no site http://www.ciadeestagios.com.br/scania/
Inscrições para o Programa Trainee 2013 serão abertas em breve. Para mais informações acesse o site da Scania.
FONTE: Assessoria de Imprensa Scania

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Produção de caminhões vai tentar reações

As medidas de incentivo ao mercado de caminhões, anunciadas na quarta-feira junto com a manutenção do corte de IPI para automóveis, pegam a indústria de pesados com pátios lotados e dispensa de funcionários. A fábrica da Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, está totalmente parada hoje e os 9 mil funcionários só retornam na terça-feira.
Neste mês, a empresa suspendeu a produção em vários setores por cinco dias, incluindo hoje. A empresa tem também quase 1,5 mil operários em lay-off (suspensão temporária dos contratos de trabalho) desde junho. O retorno, previsto para novembro, só ocorrerá se houver reação do mercado. De janeiro a julho, a produção total da indústria de caminhões caiu 40% em relação a igual período de 2011, para 75,4 mil unidades.
"As medidas do governo são muito positivas, mas o mercado de caminhões não reage tão rapidamente como o de carros", diz o diretor de comunicação da Mercedes, Mário Laffitte.
Segundo ele, a montadora vem negociando com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC medidas para evitar a demissão do pessoal que está afastado temporariamente, mas o cenário atual ainda não permite afirmar que isso será possível.
Na MAN/Volkswagen, 270 trabalhadores foram colocados em lay-off pelo período de julho a novembro. O presidente da companhia, Roberto Cortes, torce por uma retomada significativa de vendas nos próximos meses, o que pode levar à antecipação da volta desse pessoal. Hoje, a fábrica de Resende (RJ) tem estoque para dois meses de vendas.
Cortes ressalta que o pacote anunciado pelo governo contempla antigas reivindicações do setor. Estão incluídos juros menores para o financiamento de caminhões novos - que passa a 2,5% ao ano, o que, descontada a inflação, significará taxas negativas -, financiamento para veículos usados e depreciação acelerada. Antes, o custo do caminhão era abatido no Imposto de Renda do frotista em quatro anos, prazo agora reduzido para um ano. As medidas vão vigorar até o fim de dezembro, o que, na visão de Cortes, pode provocar uma corrida às lojas.
Para Roberto Leoncini, diretor-geral da Scania, além das medidas direcionadas ao setor, ações em outros segmentos se refletem positivamente no crescimento da economia, o que indiretamente também beneficia o setor de caminhões. "Essa lógica é simples: se há mercadoria a ser transportada, há demanda por caminhões."
Ele ressalta que as atenções da empresa "estão voltadas para as regras operacionais que serão estabelecidas pelo BNDES e a aceitação delas pelos bancos repassadores, que são peças fundamentais para o cliente conseguir crédito e para a efetividade dessas medidas". A Scania, que deu férias coletivas e folgas aos trabalhadores em vários períodos do ano, atualmente opera em ritmo normal, segundo a empresa, pois também exporta produtos para a América Latina.
A Ford opera desde janeiro apenas quatro dias por semana na unidade de caminhões em São Bernardo, e a Volvo não renovou os contratos temporários de 208 empregados da unidade de Curitiba (PR) que venceram em julho. As duas empresas vão aguardar a reação do mercado nos próximos dias, antes de fazerem comentários sobre as novas medidas do governo.
Euro 5. Além da queda da demanda em razão do desaquecimento da economia, o setor teve de adotar este ano nova tecnologia nos motores, chamada de Euro 5, que deixou os caminhões menos poluentes, mas em média 15% mais caros. Essa mudança provocou a antecipação de compras do caminhão Euro 3 no ano passado e, consequentemente, na queda de vendas dos novos produtos. Até quarta-feira foram vendidas 91,4 mil unidades neste ano, 19,3% mais que no mesmo período de 2011.
O presidente executivo da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Alarico Assumpção, diz que o estoque de caminhões Eur0 3 já acabou na maioria das revendas de todas as marcas. Ele aposta na melhora das vendas nesses últimos meses do ano. "É possível que ocorra uma antecipação de compras e, como as empresas reduziram a produção, pode até faltar produto."

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Iveco exalta resistência dos novos Stralis

Uma das novidades mais instigantes dos novos caminhões Iveco Stralis se refere ao pós-vendas. Além dos custos de manutenção ser até 5% inferiores ao da concorrência, segundo a própria montadora, os novos veículos possuem quatro anos de garantia.
Como o nível de esforço sobre um componente pode ser 20 vezes superior ao observado em caminhões europeus, os produtos desenvolvidos no Brasil podem ser considerados os mais resistentes do planeta, segundo a Iveco.
Para chegar ao resultado apresentado, a Iveco investiu dois anos em seu desenvolvimento. Foram diversos protótipos que, juntos, acumularam mais de 5.000.000 de km/h em testes, que equivaleram a 120 voltas em torno do globo terrestre. Durante o processo, a montadora desenvolveu uma nova geração de chicotes elétricos de elevado padrão de blindagem contra umidade, poeira e trepidação elevada, reforços gerais de carroçaria, catalizadores para a tecnologia SCR com estrutura mais resistente, nova válvula de freio de serviço e nova válvula (APU) de superior eficiência no tratamento do ar do sistema de freios etc.
A Iveco informa que a primeira manutenção, para aplicações bitrem e rodotrem, acontecerá somente aos 30.000 quilômetros. As revisões periódicas devem ocorrer a cada 30.000 quilômetros. Os propulsores Cursor 9 e Cursor 13 usam óleo sintético com intervalos de troca a cada 80 mil quilômetros, simplesmente o dobro em relação ao óleo mineral. Ao empregar óleo sintético na transmissão, as trocas ocorrerão em intervalos de 360.000 km no uso rodoviário e 180.000 km em aplicação severa. Com relação aos eixos traseiros, as trocas acontecem a cada 240.000 km na aplicação rodoviária e 120.000 km em uso severo.
FONTE: Transpoonline

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Relembre a história do caminhão Fenemê, o mais brasileiro de todos

Um ronco grave e sincopado habita a memória dos apaixonados por caminhões pesados. O som, orquestrado pelos pistões que tinham uma câmara de explosão em formato diferente, marcou o motor seis cilindros dos caminhões FNM. A robustez do motor e o ruído estralado, vindo de trás de uma lataria de visual sisudo, fez do Fenemê um clássico absoluto das estradas brasileiras. Lembrados como possantes, fortes e estradeiros, os veículos produzidos na fábrica de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, ainda despertam curiosidade e paixão por onde passam.
Eles tinham cara de mau e de fato eram. A força sempre foi a marca registrada dos Fenemê. Criada por Getúlio Vargas, a Fábrica Nacional de Motores (FNM) começou a ser construída em 1940, destinada a produzir motores aeronáuticos para uso militar. O fim da Segunda Guerra Mundial tornou os motores obsoletos quando a fábrica finalmente iniciou a produção, em 1946. Após fabricar geladeiras, compressores, bicicletas, entre outras coisas, a FNM apostou nos caminhões em 1949. O primeiro flerte com os pesados foram as 200 unidades de um modelo diesel de 7,5 litros, fruto da parceria com a italiana Isotta Fraschinni.
Após dificuldades financeiras na parceira, novo acordo foi firmado com outra italiana, a Alfa Romeo. Começa aí a trajetória de sucesso dos caminhões da marca. Os primeiros modelos, produzidos em 1951 e vendidos a partir de 1952, foram denominados D-9.500, equipados com motores de 130cv e com uma capacidade de carga de 8.100 kg (aumentada para 22.000 kg se acoplado a uma carreta de dois eixos) - números normalmente extrapolados na época. Além de ser capaz de puxar muita carga, era o único caminhão a possuir cabine leito com duas camas, ideal para enfrentar longas viagens nas torturantes estradas brasileiras de então.
Vieram os modelos D-11.000 em 1958, com potência de 150 cavalos, que ao lado do D-9.500 atingiu sucesso absoluto de público. Em 1968, a fábrica foi definitivamente vendida à Alfa Romeo - numa das primeiras privatizações do País -, que seguiu produzindo os modelos 180 e 210. No ano de 1976, a Fiat comprou a maior parte das ações assumindo o controle da fábrica e passando a produzir os modelos Fiat 190. Em 1985, já administrada pela Iveco, com o declínio nas vendas, a fábrica encerra suas atividades no Brasil, declarando o fim da fabricação dos Fenemê. Ao longo de todas as fases, a empresa produziu aproximadamente 15 mil veículos.

Os sobreviventes
Embora com mais de meio século nas costas, não é impossível ver um destes caminhões rodando pelas estradas brasileiras. E, por onde passa, a comoção é grande. É o que garante um grupo apaixonado pelos FNM, que realizou no ano passado uma viagem do interior de São Paulo a Salvador, na Bahia. “As pessoas batiam palmas nas cidadezinhas que passávamos. Em Salvador, um cara parou o carro no meio do trânsito, subiu no estribo da carroceria e mandou acelerar para ouvir o ruído”, conta Ito Buhrer, funcionário público e ex-motorista nos anos dourados de FNM.
A história da viagem começou com Osvaldo Strada, um empresário conhecido por ter uma das maiores coleções de Fenemês do Brasil. Ao todo, são 20 unidades, que contam a trajetória da marca, com modelos de diversos anos, tipos de cabine e caçamba. Em uma chácara no interior de São Paulo, Strada criou um espaço para guardar e restaurar as relíquias. Filho de alfeiro - como chamam os motoristas destes possantes - ele não consegue explicar a paixão que os FNM despertam. “É uma coisa meio para doido, também tento entender esse amor e não consigo”, revela.
O mesmo acontece com outro filho de alfeiro, José Reinert. “A diferença dos Fenemê para os outros caminhões é a potência e a robustez, na época era bem gritante a diferença, ele tinha muita capacidade de carga, chassi forte, motor lento e muito reduzido, então puxava bastante peso”, destaca Reinert. “Por ele ser reduzido, dificilmente atolava. Quando algum outro caminhão encalhava ele era usado para puxar, como se fosse um trator”, diz.
Outro que enfrentou a tradicional rota pela BR-116 até Salvador foi Ito Buhrer. Aos 18 anos, seu Ito comprou o primeiro Fenemê. Ele conta que a velocidade máxima de 38km/h não fazia diferença, pois nas estradas brasileiras da época era difícil chegar a isso. “De São José dos Pinhais, no Paraná onde eu morava, até Joinville, em Santa Catarina, a distância era de 120km. Os caminhões saíam de manhã cedo e chegavam lá à noite, isso quando a estrada estava boa”, relata Buhrer.
A viagem histórica de janeiro de 2011, entre São Paulo e Bahia, envolveu três modelos: um FNM Brasinca 1961 trucado, um FNM Standard 1964 cavalo mecânico na tradicional cor verde seda e um FNM Standard 1965 trucado. Embora sem conseguir explicar sua paixão, Osvaldo Strada destaca uma das qualidades dos FNM: “Os Ford eram a gasolina e os Fenemê a diesel, então o caminhão tecnologicamente tinha tecnologia de ponta, com muita capacidade de carga. Você acha FNM de 1955 rodando, mas não acha Ford deste ano”, conta. “Não sei se é hobby ou loucura, pois a linha que divide um lado e o outro é muito tênue, mas, para nós, caminhão existe antes e depois dos Fenemê”, conclui.
FONTE: Terra 

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

GREVE DOS CAMINHONEIROS

Reunião tenta por fim a protestos
Representantes de grevistas e da ANTT vão discutir os motivos da paralisação dos caminhoneiros que tem prejudicado o abastecimento e atrasado horários de ônibus
ADAMO BAZANI – CBN
A greve dos caminhoneiros que ocorre desde o dia 25 de julho tem se intensificado e os bloqueios em rodovias importantes, como a BR 116 e a Rodovia Presidente
Du
tra, se tornam cada vez mais freqüentes e demorados.
As paralisações já ameaçam o escoamento da produção de frigoríficos do Sul do País, têm ocasionado desabastecimento em algumas centrais, como no Rio de Janeiro, e longos atrasos em viagens de ônibus rodoviários.
No trajeto Rio – São Paulo, por exemplo, as viagens ficam cerca de 2 horas mais demoradas. Das 63 linhas de ônibus que param no Terminal Rodoviário do Tietê, 14 passam pela Dutra.
Ônibus com viagens mais longas, como para o Nordeste, por exemplo, chegam a enfrentar mais de um bloqueio por parte dos caminhoneiros.
As representações dos caminhoneiros, como o Movimento União Brasil Caminhoneiro – MUBC, e outras centrais, e a ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres devem se reunir nesta terça-feira para discutirem as reivindicações dos profissionais.
Uma das principais queixas é em relação à nova lei que regulamenta a profissão de motorista que também não é bem vista pelos donos de transportadoras.
A lei estabelece descanso de 11 horas no mínimo entre o início das jornadas, intervalo de uma hora para o almoço e de 30 minutos a cada quatro horas trabalhadas.
O objetivo da lei é diminuir jornadas excessivas no trabalho e assim aumentar a segurança das estradas. Mesmo tendo uma frota de menos de 18% em todo o País, de acordo com o Denatran _ Departamento Nacional de Trânsito, 30% dos acidentes com morte nas estradas têm envolvimento de caminhões. O número é muito alto pela proporção da frota.
Os donos de veículos, principalmente os autônomos, se queixam que a lei ao limitar as jornadas vai reduzir os ganhos e também das faltas de condições para conseguirem realizar as paradas. Não há em todas as estradas pátios e pousadas que ofereceram segurança, tanto em relação ao tráfego como a riscos de assaltos.
O valor do frete e o impedimento de caminhoneiros que pertencem a cooperativas fazerem contratos de transporte autônomos, além do ingresso mais difícil de novos profissionais, também são queixas por parte dos motoristas.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transporte

terça-feira, 31 de julho de 2012

Sindicato dos Cegonheiros do Grande ABC anuncia greve nacional da categoria

De acordo com o Sindicato dos Cegonheiros do Grande ABC, os transportadores da categoria estão em greve no Brasil inteiro desde a manhã desta terça-feira, dia 31. A manifestação é em razão da Lei 12.619, que regulamenta a profissão e exige que o motorista realize paradas para descanso a cada quatro horas de trabalho.
A categoria defende que com a atual malha rodoviária brasileira é impossível fazer estas paradas, pois não há bolsões de estacionamento seguros em grande parte das estradas do País.
Não foram divulgados detalhes sobre quantos transportadores estão parados nem quais as consequências da paralisação. Uma coletiva está marcada para às 15h na sede do sindicato, em São Bernardo, onde mais informações serão divulgadas.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Nova lei do motorista pode aumentar risco de inflação

Em vigor desde o último dia 17 de junho, a Lei Federal nº 12.619/2012 estabelece novas regras para o tempo de trabalho dos motoristas de transporte de carga. Tendo na melhoria da segurança do trânsito nas estradas um de seus principais objetivos, a legislação afeta não somente a população circulante nas estradas, mas a logística do transporte viário no país exigindo das transportadoras, embarcadores e demais setores envolvidos a reorganização de suas rotinas e prazos, o que deve gerar aumentos significativos no preço do frete no Brasil.
O diretor presidente da Cargolift, Markenson Marques, aponta, entretanto, que embora a nova legislação signifique uma conquista em prol da segurança nas estradas e contra a concorrência desleal das empresas de transporte de carga que atuam com sobrecarga de trabalho, ela apresenta algumas lacunas, como o trato desigual no que diz respeito ao tempo de trabalho dos motoristas autônomos e dos regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Para fazer cumprir a nova legislação, empresas do setor têm buscado no diálogo com clientes as melhores soluções para cada operação, já que as novas regras acabam também por gerar alguns impactos no custo do transporte no Brasil e, por consequência, na saúde econômica do país. “Será bastante difícil chegarmos neste momento a um percentual único, uma vez que cada operação tem suas características próprias e por isso, acreditamos que seu custo deverá ser analisado de maneira particular”, pontua Marques que assim como diversos empresários do setor acredita que tais mudanças podem sim ocasionar aumento na inflação do país, já que atualmente o setor transporta cerca de 60% de toda a riqueza que o Brasil produz.
Embora estes impactos sejam esperados por especialistas a médio prazo, nas empresas do setor e nas que dependem dele para escoar sua produção, as necessidades de mudança e de novos investimentos em equipamentos e melhor organização logística já estão acontecendo.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Caminhoneiros marcam greve e ameaçam parar rodovias

São Paulo - Um movimento nacional dos caminhoneiros marcou para o dia 25 deste mês uma greve geral da categoria. Sindicalistas dizem que o objetivo é parar o máximo dos 600 mil caminhões que circulam pelo País, segundo estimativas próprias. Eles reivindicam queda nos pedágios e uma reavaliação por parte da Agência Nacional de Transportes Terrestres dos registros das empresas transportadoras que estão sendo montadas através de motoristas autônomos com base em um novo sistema definido pelo governo federal. O movimento alega que essas companhias estariam prejudicando o mercado.
Segundo o Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), o valor do frete na maioria dos casos não cobre nem os custos de manutenção dos veículos. Para a entidade, esse baixo valor é referente à alteração na legislação, feita pela ANTT, que ocasionou diminuição nos valores a serem estabelecidos pelos contratantes. Diante disso, para não perder a viagem, o caminhoneiro estaria sendo obrigado a aceitar os baixos valores oferecidos.
Alessandra Macedo, coordenadora nacional do movimento - que tem sede no Rio de Janeiro -, diz que a divulgação da greve está sendo feita por meio da internet, de panfletos e por meio de sindicatos e associações espalhadas por municípios do país todo. Ela contou que o 25 de julho foi escolhido por se tratar do Dia de São Cristóvão, o padroeiro dos motoristas. De acordo com ela, ainda não há uma estimativa sobre a adesão da categoria, mas o objetivo é parar o máximo de caminhões possível.
A greve também quer chamar a atenção para a nova lei que regulamenta a profissão de motorista. Outro ponto reclamado pelos caminhoneiros é o chamado "cartão frete", que estabelece que cooperados ou agregados de cooperativas somente poderão prestar serviços exclusivos para as entidades a que estiverem vinculados. Sindicalistas argumentam que isso impossibilita a venda de fretes e compromete as atividades dos profissionais autônomos da área.
Os representantes das empresas dizem que não foram comunicados oficialmente sobre a paralisação. No Estado de São Paulo, o Sindicato das Empresas de Transportes de Carga informou que soube dessa greve pela imprensa. Segundo Leonardo Andrade, assessor de comunicação da entidade, os problemas citados pelos motoristas são mais comuns em Estados com Mato Grosso e Pará. Mas, indagado se as empresas paulistas também deverão ser prejudicadas, confirmou que provavelmente sim. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

CNT lança simulador de financiamento de caminhões e implementos rodoviários

Transportadores autônomos em busca de um novo veículo ou empresas de transporte de cargas que precisam renovar ou ampliar a frota ganharam mais um aliado: o Simulador de Financiamento de Veículos (SFV) da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Com a ferramenta, o usuário faz a simulação de compra de caminhões e implementos rodoviários (novos ou usados).
O sistema é simples e fácil de usar. Na primeira etapa, o usuário informa se é autônomo ou empresa de transporte e preenche a renda bruta ou faturamento da empresa. Outros requisitos são os dados sobre o valor aproximado do veículo ou implemento, se o transportador paga outro financiamento e se o bem adquirido será novo ou usado.
Essas são as únicas informações que precisam ser inseridas. Não há necessidade de o usuário apresentar, por exemplo, nome, telefone, endereço ou os números do Cadastro de Pessoal Física (CPF) ou do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).
Serviço pioneiro no país, o simulador calcula o valor da prestação mensal do financiamento e permite que o transportador compare, ao mesmo tempo, até quatro linhas de crédito diferentes. Ele apresenta as condições de entrada, prazos para pagamento, taxa de juros e carência de cada programa de financiamento, inclusive do Programa Procaminhoneiro.
Após apresentar as opções de financiamento disponíveis e as principais regras e características de cada programa de financiamento, o simulador avalia o percentual de comprometimento da receita e permite ao usuário fazer a escolha que julgar mais vantajosa.
O SFV da CNT é uma ferramenta útil na tomada de decisão para a aquisição de veículos. É uma oportunidade para poupar tempo e fazer economia.
FONTE: Agência CNT 

terça-feira, 17 de julho de 2012

Caminhoneiros marcam data para greve e ameaçam parar rodovias

Um movimento nacional dos caminhoneiros marcou para o dia 25 deste mês uma greve geral da categoria. Sindicalistas dizem que o objetivo é parar o máximo dos 600 mil caminhões que circulam pelo País, segundo estimativas próprias. Eles reivindicam queda nos pedágios e uma reavaliação por parte da Agência Nacional de Transportes Terrestres dos registros das empresas transportadoras que estão sendo montadas através de motoristas autônomos com base em um novo sistema definido pelo governo federal. O movimento alega que essas companhias estariam prejudicando o mercado.
Segundo o Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), o valor do frete na maioria dos casos não cobre nem os custos de manutenção dos veículos. Para a entidade, esse baixo valor é referente à alteração na legislação, feita pela ANTT, que ocasionou diminuição nos valores a serem estabelecidos pelos contratantes. Diante disso, para não perder a viagem, o caminhoneiro estaria sendo obrigado a aceitar os baixos valores oferecidos.
Alessandra Macedo, coordenadora nacional do movimento - que tem sede no Rio de Janeiro -, diz que a divulgação da greve está sendo feita por meio da internet, de panfletos e por meio de sindicatos e associações espalhadas por municípios do país todo. Ela contou que o 25 de julho foi escolhido por se tratar do Dia de São Cristóvão, o padroeiro dos motoristas. De acordo com ela, ainda não há uma estimativa sobre a adesão da categoria, mas o objetivo é parar o máximo de caminhões possível.

A greve também quer chamar a atenção para a nova lei que regulamenta a profissão de motorista. Outro ponto reclamado pelos caminhoneiros é o chamado "cartão frete", que estabelece que cooperados ou agregados de cooperativas somente poderão prestar serviços exclusivos para as entidades a que estiverem vinculados. Sindicalistas argumentam que isso impossibilita a venda de fretes e compromete as atividades dos profissionais autônomos da área.

Os representantes das empresas dizem que não foram comunicados oficialmente sobre a paralisação. No Estado de São Paulo, o Sindicato das Empresas de Transportes de Carga informou que soube dessa greve pela imprensa. Segundo Leonardo Andrade, assessor de comunicação da entidade, os problemas citados pelos motoristas são mais comuns em Estados com Mato Grosso e Pará. Mas, indagado se as empresas paulistas também deverão ser prejudicadas, confirmou que provavelmente sim. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
FONTE: D24AM

sábado, 7 de julho de 2012

Tietê Veículos apresenta caminhões MAN TGX ‘Made in Brazil’ no Sambódromo.

A concessionária Tietê Veículos, com três filiais na Grande São Paulo (Zona Oeste, Via Anchieta e Guarulhos) e outra em Campinas, promoveu, no dia 5 de julho, das 14 horas às 22 horas, no Sambódromo, evento de lançamento da linha de caminhões MAN TGX “Made in Brazil” para frotistas.
No Power Drive Experience, os visitantes puderam guiar a nova linha de caminhões, que está sendo produzida na fábrica de Resende/RJ. “Assim como em outros eventos da Tietê Veículos, a estrutura foi bastante interativa para que os convidados conheçam detalhadamente as tecnologias embarcadas dos veículos”, comenta Valdir Romero, diretor de vendas da Tietê Veículos.
Segundo o diretor da Tietê, esta é uma nova fase da marca que agora possui modelos extrapesados voltados a um público diferente do que até então consumiam os produtos, trazendo novos desafios e também ampliando as oportunidades. “A demonstração com test-drive permite que o cliente conheça as características da nova linha e possa também dirigir para conhecer o desempenho dos veículos”, acrescenta. O evento também contou com exposição da recém-lançada linha Advantech, que está em conformidade com as normas do Proconve 7.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Scania lidera emplacamentos de caminhões pesados Euro 5 no 1.º semestre

A Scania mostra sua força nos emplacamentos de veículos Euro 5 com o registro de 2.475 unidades e a conquista do primeiro lugar na categoria acima de 45 toneladas de CMT (Capacidade Máxima de Tração). O volume representa quase 40% do total de 6.402 unidades Euro 5 emplacadas pelo mercado no Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam).
“Sem dúvida, garantir a liderança nos emplacamentos Euro 5 nos primeiros seis meses do ano demonstra o quanto a Scania está à frente dos concorrentes”, diz Roberto Leoncini, diretor-geral da Scania do Brasil. “É mais uma prova de que nossos clientes estão reconhecendo a parceria da marca neste momento de transição para a nova legislação de emissões.”
Além disso, o R440 foi o caminhão pesado Euro 5 com maior número de emplacamentos do semestre, com 1.150 unidades. O modelo possui 440cv de potência, configurações 4x2, 6x2 e 6x4 e desenvolve torque de 2.300Nm, o maior em sua faixa de atuação. “Ele é o pesado mais econômico do mercado”, completa Leoncini.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Baixa no mercado europeu faz Scania reduzir produção de ônibus na Polônia

A planta da Scania em Slupsk, na Polônia, está emitindo avisos-prévios para 142 funcionários devido à fraca demanda do mercado de transportes coletivos europeu. Vários programas de apoio aos funcionários afetados têm sido desenvolvidos em consultas entre a empresa e os sindicatos.
“A situação económica nos nossos mercados mais importantes não está mostrando nenhum sinal de melhora, o que significa que esperamos que a demanda por ônibus de transporte público no ano que vem seguirá fraca. Portanto, temos de ajustar a produção a um volume significativamente menor”, disse Klas Dahlberg, Vice-Presidente Sênior de Ônibus Scania.
A fábrica em Slupsk, com cerca de 700 funcionários, é o centro de produção europeia da Scania de ônibus para transporte público. O Scania OmniCity e modelos OmniLink são desenvolvidos no local.

sábado, 30 de junho de 2012

DIA DO CAMINHONEIRO

Muita gente pode fazer uma idéia errada do que seja a profissão de caminhoneiro. Não é apenas pegar um caminhão e sair pelas estradas ou pelas ruas das cidades segurando um volante. Cada caminhão, cada carga, requer uma habilidade específica. Um jeitinho todo especial que influi de maneira decisiva no resultado do transporte.
Trafegam pelas estradas brasileiras cerca de dois milhões de caminhoneiros e transportam 60% da carga movimentada no Brasil.
É um profissional que passa muito tempo longe de casa, às vezes viajando semanas sem parar. Conhecem a estrada melhor do que ninguém!Dia do Caminhoneiro

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Caminhoneiros autônomos planejam paralisação nacional.

O Movimento União Brasil Caminhoneiro está contatando as entidades que representam os caminhoneiros autônomos em todo o País para organizar uma manifestação nacional para reivindicar a revisão do uso do cartão frete, imposto pela resolução 3.658, da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), que determinou o fim da carta-frete, e a remuneração destes trabalhadores, após a alteração na resolução da Agência, que flexibilizou o acesso ao Registro Nacional de Transporte Rodoviário de Carga (RNTC).
No manifesto enviado às associações e sindicatos, o MUBC defende que essas medidas inviabilizam o exercício da atividade para pequenos e médios transportadores. Segundo Nélio Botelho, presidente do MUBC, as recentes resoluções aplicadas pela ANTT desconfiguram as leis que poderiam beneficiar o setor transportador e impedem o desenvolvimento, principalmente dos caminhoneiros autônomos e contratados, pois não garantem remunerações adequadas aos custos exigidos pelas normas. Além disso, os representantes dos caminhoneiros afirmam que muitos embarcadores estão deixando de contratar autônomos devido aos custos do novo sistema de pagamento.
Botelho afirma que a carta-frete era usada por menos de 7% dos caminhoneiros no Brasil e que a norma imposta pela ANTT tem dimensões desnecessárias. “A grande culpada da atual situação do setor é a ANTT, pois faltou competência na aplicação dessas medidas. Os RNTCRs (registros obrigatórios) têm que ser suspensos em sua totalidade, pois estão todos irregulares”, afirma.
Botelho já apresentou as reivindicações ao Ministro dos Transportes, Paulo Passos, e aguarda na próxima semana a convocação da ANTT para negociações. Caso isso não ocorra, está previsto um ato de desmobilização do setor, em que, segundo ele, nenhum caminhão vai sair da garagem.
De acordo com representantes do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região (SETCESP), o novo sistema de pagamento de frete, burocratiza as operações e tira a liberdade de negociação entre os contratantes do frete e os transportadores autônomos. Os empresários reclamam da morosidade e dos custos que envolvem a emissão do CIOT, código obrigatório para cada operação.
Desde o início da validade do pagamento eletrônico, duas entidades, uma no Rio Grande do Sul e outra de Santa Catarina, entraram com ação judicial e conseguiram, por meio de liminar, o direito de não obedecer à resolução da ANTT e continuar o pagamento com a carta frete. A liminar do Sindicato gaúcho foi suspensa pela Justiça.
Diante das dificuldades operacionais analisadas e do aumento de custo, o SETCESP também estuda entrar com medida judicial contra a aplicação do novo sistema.

Outro lado
A União Nacional dos Caminhoneiros, presidida por José Araújo “China” da Silva, defende o fim do uso da carta frete, sob o argumento de que ela representa um regime de semiescravidão que vigora no Brasil há mais de 50 anos. Segundo China, o caminhoneiro autônomo tem o direito de receber o frete por meio do sistema regulamentado e de não pagar ágio no abastecimento nos postos que trocavam a carta frete.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Mercedes oferece tecnologia no Actros

Câmbio automatizado, alerta para invasão de outra faixa de rodagem ou do acostamento, sistema de controle de proximidade, assistente ativo de frenagem, freios ABS, controle de tração... O que parece o currículo de um sedã de luxo é apenas parte da lista de itens da versão mais completa do Actros 2646LS, caminhão topo de linha da Mercedes-Benz. O modelo é vendido no Brasil desde 2010 e neste ano passou a ser montado na fábrica de Juiz de Fora (MG), que nasceu para produzir carros, mas recebeu R$ 450 milhões de investimento e passou a fazer caminhões. Somados os Actros nacionais e importados chega-se a cerca de mil unidades já comercializadas por aqui, segundo a fabricante. 
No Brasil, o caminhão da montadora de origem alemã equipara-se em tecnologia e segurança ao concorrente Volvo FH. Na versão mais completa como a das fotos, tem preço sugerido de R$ 506.130,49. O modelo de entrada parte de R$ 422.767,81, mas tem tração 6x2, cabine mais baixa e menos itens de conforto e segurança. Automotive Business foi convidada para uma carona de cerca de 80 quilômetros pelo rodoanel, sistema viário que interliga as principais estradas que chegam à cidade de São Paulo. O ponto de partida foi a fábrica da Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo (SP). 
O Actros 2646 em que andamos era um 6x4 com o pacote Segurança, do qual faz parte um radar que monitora o tráfego à frente. “Uma vez ligado o piloto automático, o radar passa a identificar a presença de veículos adiante e pode reduzir a velocidade do caminhão”, afirma o engenheiro de marketing de produto, Gílson Zinetti. Quanto mais alta a velocidade, maior será a distância dos outros veículos. 
Esse radar faz parte de um conjunto de opcionais de R$ 17.863,43 e é capaz de identificar objetos móveis ou parados à frente do caminhão, que emitirá avisos sonoros e luminosos para o motorista se for preciso. O sistema corta o som do rádio, do celular (o Bluetooth é item de série) e pode usar até 100% da potência de frenagem caso o motorista não o faça a tempo. 

"ROLÊ" NO MERCEDÃO
Antes de entrar na boleia, uma espiada do lado de fora revela bons compartimentos de bagagem, fáceis de acessar. A cabine é apoiada sobre um sistema pneumático de suspensão. “Os dois tanques de diesel são exclusivos para o mercado brasileiro, um de 550 litros e outro de 200 litros do lado oposto (veja adiante). Essa configuração alterou a montagem das baterias”, afirma Zinetti. 
À frente do tanque maior está o reservatório para 85 litros de Arla 32, agente redutor de emissões injetado no catalisador. Lá em cima, dentro do “bruto”, nos espera João Roberto Orlandini, motorista-instrutor. Além de testes de longa duração, ele participa de atividades de marketing organizadas pela fabricante, os road shows: “Faço demonstrações dos caminhões para os clientes (compradores finais). Muitos motoristas não conhecem os recursos do caminhão”, diz. 
Orlandini dá a partida. Com os vidros fechados mal se ouve o funcionamento do motorzão V6 de 12 litros e 456 cv, que utiliza a tecnologia Bluetech 5 e enquadra o caminhão no Proconve P7, programa de redução de emissões em vigor desde janeiro. Logo que entramos na Rodovia Anchieta, um “chapa” acena animado para o motorista, aparentemente impressionado pela beleza e tamanho do caminhão novinho em folha. (Vale explicar que chapa é um tipo de trabalhador diarista das estradas, que oferece sua mão de obra e experiência como guia aos caminhoneiros que chegam à cidade de São Paulo.) 
O amigo que ficou para trás provavelmente se impressionou como nós pela altura da cabine Megaespace. São 2,7 metros, 27 centímetros a mais que a versão regular. A altura interna é de 1,92 metro. Além do espaço extra, essa cabine elevada tem como vantagem o assoalho plano, que facilita a movimentação interna. 
Orlandini observa o tráfego ao redor e vai tocando o caminhão pela faixa mais à direita do anel viário. Vez ou outra um ruído estranho (semelhante a uma interferência no rádio) avisa que o caminhão está invadindo o acostamento. Isso ocorre sempre que uma mudança de faixa é feita sem o acionamento do pisca-pisca. Um sensor óptico monitora as faixas pintadas na rodovia. “É possível desligá-lo quando a sinalização nova se mistura com a antiga na pista”, diz o motorista. 
O tempo todo, o motorista dirige tranquilo o caminhão por causa da transmissão automatizada de 12 marchas. Ele pode usá-la no modo automático ou manual, como ocorre em automóveis com transmissão desse tipo. O comando para avançar marchas ou reduzi-las fica no apoia-braço direito. A transmissão não exige pedal de embreagem nem anéis sincronizadores, que, segundo a Mercedes, deram lugar a engrenagens mais largas e portanto mais resistentes. 
Essa transmissão é dotada de um sensor de inclinação da via, que auxilia o gerenciamento eletrônico a escolher a marcha mais adequada de acordo com o relevo da pista. O Actros rebocava um bitrem graneleiro Noma com 57 toneladas de brita, carga não perecível utilizada para as demonstrações. 
Vez ou outra, essa massa imensa ativava uma função interessante do câmbio automatizado, o Eco Roll, grosso modo uma “banguela eletronicamente controlada”, que desacopla a embreagem a fim de economizar combustível quando, por inércia, o caminhão consegue manter determinadas velocidades sem a necessidade do motor. 
O sistema serve para economizar combustível e volta a acoplar a embreagem mediante variações de velocidade. Orlandini vai levando o Actros cercado de retrovisores, inclusive um à frente da cabine e outro no alto e à direita para reduzir os pontos cegos. Nas curvas, a impressão que se tem ao olhar o implemento Noma pelo retrovisor é de que estamos na locomotiva de um trem. 
As suspensões pneumáticas nos eixos, na cabine e no banco do motorista favorecem a vida a bordo do caminhão. A montadora também oferece a opção de suspensão metálica e freios a tambor para uso em vias malconservadas ou sem pavimentação. Outro ponto importante para o conforto está no ar-condicionado noturno da cabine Megaespace. Ele funciona refrigerando o interior com o motor desligado por até oito horas. O segredo está numa grande placa que armazena líquido anticongelante em baixa temperatura. 
Isso evita que o motorista durma com o caminhão ligado para manter o ar-condicionado em funcionamento, o que consome combustível e encurta a vida útil do motor. 
O sistema de freios com gerenciamento eletrônico é outro destaque deste Mercedes-Benz. Pela dificuldade de puxar a carreta, o caminhão “saberá” utilizar mais ou menos o sistema de freios e promover frenagens equilibradas entre o cavalo e a carreta. 
Em ciclos de cálculo, ele libera maior ou menor pressão para o implemento. Se houver problema em um dos freios da carreta, o Actros sempre tentará equilibrar a frenagem dela. O sistema também é capaz de poupar discos e pastilhas do cavalo reduzindo a velocidade pelo corte da injeção e pelo fechamento das borboletas de aceleração. 
O passeio está acabando e uma última espiada na cabine revela um acabamento caprichado nos plásticos, tecidos, teto solar, no volante multifuncional e no computador de bordo, que permite ver até mensagens SMS recebidas. O Actros também vem pronto para receber o Fleetboard, sistema de gerenciamento de frota da Mercedes-Benz que monitora o caminhão e seu uso.

domingo, 24 de junho de 2012

Entenda como será a fiscalização de caminhoneiros

As resoluções 405 e 406, que regulamentam a lei nº 12.619, explicam como vai funcionar a fiscalização da jornada de trabalho dos caminhoneiros. De acordo com a lei, o motorista profissional (condutor que exerce atividade remunerada ao veículo) tem direito a repouso diário de 11 horas, além do descanso de 30 minutos a cada 4 horas ininterruptas de direção.
A resolução número 405 determina que o controle do tempo de direção e descanso será realizado através do registrador instantâneo e inalterável de velocidade, conhecido como tacógrafo. Este equipamento é obrigatório nos veículos de transporte escolar, transporte de passageiros com mais de dez lugares e de carga com peso bruto total superior a 4.536 kg. Além do controle digital, foram estabelecidas normas para registro manual da jornada de trabalho em diário de bordo ou ficha de trabalho.
A outra resolução traz os requisitos mínimos do registrador, entre eles, a aprovação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e o registro dos dados referentes ao período de 24 horas em um único disco.
O descumprimento dessas normas caracteriza infração grave, o que gera multa de R$ 127,69, cinco pontos na CNH e retenção do veículo. O Denatran acredita que com a entrada em vigor das normas haverá redução significativa no número de acidentes e óbitos, relacionados à fadiga e ao cansaço de motoristas profissionais nas vias públicas do país.
FONTE: GAZ

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Ford Cargo 2629 lidera vendas

O Ford Cargo 2629, sucessor do 2628, lidera as vendas do segmento de 6x4, no período de janeiro a maio deste ano, com participação de 16% no mercado. Este caminhão opera como betoneira e basculante na construção civil, setor que cresce bastante no Brasil.
O Ford Cargo 2629 conta com um PBT de 26 200 kg, sendo uma vantagem para quem precisa transportar cargas muito pesadas. "Além da cabine moderna e equipada com suspensão pneumática, o Cargo 2629 conta com transmissão sincronizada de 10 marchas à frente e três à ré, que aumenta o conforto para o motorista. E com a introdução da nova motorização Euro 5 ficou ainda mais potente e econômico", diz Pedro de Aquino, gerente de Marketing da Ford Caminhões.
Com motor Cummins Euro 5 de 6,7 litros, tem potência de 190 cv e 97 mkgf. Com torque de baixa rotação, economiza de 8% a 10% no combustível. "O novo motor utiliza a tecnologia SCR (redução catalítica seletiva), que reduz em 80% as emissões de poluentes e mostrou ser a mais robusta para o nosso mercado, tanto em termos de potência e durabilidade como de economia operacional", completa Aquino. "É mais um atrativo do modelo campeão de vendas do segmento, que assim reforça os seus atrativos para continuar a oferecer o melhor resultado para os frotistas da construção civil e serviços pesados."

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Fumaça de motores a diesel é cancerígena, alerta OMS

A fumaça liberada por motores a diesel entrou na lista dos elementos considerados cancerígenos pelo Centro Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (CIRC), uma agência da Organização Mundial de Saúde (OMS). Os especialistas consideram que já existem provas suficientes de que a exposição a esta fumaça está relacionada a um risco maior de câncer de pulmão.
“Os testes científicos são irrefutáveis, e as conclusões do grupo de trabalho foram unânimes: a fumaça liberada pelos motores a diesel causa câncer de pulmão”, declarou o médico Christopher Portier. “A exposição a essa mistura química deve ser reduzida no mundo inteiro.”
Os pesquisadores também constataram uma possibilidade de risco de câncer de bexiga, porém com base em elementos mais limitados.
“É sabido há tempos que o diesel é uma escolha sanitária ruim, e que esta política pública (destinada a promover o seu uso) é um erro”, afirmou o médico Patrice Halimi, secretário-geral da associação Saúde Meio Ambiente França, que reúne 2,5 mil médicos.
O diesel tem fama de ser melhor para o clima do que a gasolina, por gerar menos CO2 por quilômetro, mas as partículas liberadas na queima do combustível são prejudiciais. O combustível também emite dióxido de nitrogênio (NO2), responsável por doenças respiratórias e cardiovasculares.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Teste: Shacman TT 420 6×4 – A primeira impressão é que fica

A chegada dos caminhões chineses ao Brasil é coisa recente e pouco se sabe sobre o comportamento dinâmico dos veículos e, opinião quase geral, todos são ruins e frágeis, até que se prove o contrário. Aproveitando as atividades de teste de durabilidade e desenvolvimento de componentes a que a empresa Meta está aplicando nos produtos da Shacman, fomos até a cidade de Tatuí, onde funciona a base de desenvolvimento da montadora, para acompanhar e avaliar a performance dinâmica de dois modelos, um estradeiro de alta tonelagem e outro de operação no fora-de-estrada. Embora os caminhões estivessem devidamente aparelhados para obtenção de dados, o objetivo foi tomar conhecimento sobre o desempenho dos pesados em seus ambientes naturais.
A base motriz dos produtos globalizados da chinesa Shacman é fornecida pela Cummins. No caso específico do modelo cavalo mecânico TT 420 e do todo terreno DT 385, ambos com tração 6×4, é o motor ISM 11 E5, com sistema de injeção eletrônica e resfriamento pós turbina. Um ajustezinho na eletrônica faz a cavalaria de 385 cv e 1.825 Nm de torque (a 1.200 rpm) disponível do fora-de-estrada saltar para 420 cv e 2.000 Nm de torque (nas mesmas 1.200 rpm) no cavalinho estradeiro. No resto tudo igual – seis cilindros em linha e 10,8 litros de pulmão. Já devidamente homologado para o Proconve P7, ambos queimam o limpíssimo diesel S 50 com o aditivo Arla 32. Segundo João Comelli, diretor técnico da empresa, esse motor já era considerado quase descontinuado pela Cummins quando a Metro Europa iniciou o projeto de desenvolver um caminhão chinês para o mercado brasileiro. Com as devidas atualizações, o motor é considerado pelo engenheiro como um dos pontos fortes dos produtos, pois é robusto e econômico.
Olhando por fora, a cabine não e lá essas coisas em termos de design e até ultrapassada se comparada com alguns modelos de fabricação local, como o Scania, Volvo e Iveco. Sua procedência vem da MAN, marca com a qual a Shacman se associou em 2002 quando lançou seus olhares para o mundo. Mesmo que não seja um primor em aparência, internamente reserva alguns elogios. Durante horas na cabine, mesmo sem o ar condicionado, a temperatura da se manteve agradável apesar do forte calor, o que revela um bom isolamento térmico. E ao recorrer à ventilação natural, o que exigiu janelas abertas, foi possível manter diálogos dentro da cabine com o motor operando na faixa dos 2.000 rpm. Isso trouxe outra revelação importante. A cabine tem bom isolamento acústico também. O acabamento está longe de ser rústico, embora também não seja dos mais sofisticados. O banco do ajudante é desconfortável, já o do motorista não há o que reclamar o que leva a gente a querer ficar mais tempo ali do que no banco ao lado. A cabine do cavalinho, do tipo avançada, é alta e vem com duas camas no formato beliche, mas mantém um desconfortável túnel central.
Uma das vantagens de avaliar um produto preparado para teste de durabilidade é que geralmente está com sua capacidade máxima. No caso do TT 420 6×4, a dosagem foi um pouco além, pois a composição bi-trem estava lastreada com 77 toneladas, enquanto seu PBT é de 73. Para a empresa que gerencia os testes, essa é uma forma de se chegar a resultados práticos mais rápido além de comprovar a resistência. Para quem está atrás do volante é a oportunidade de ver o comportamento do motor e transmissão com o veículo operando além do seu limite de carga. E pelo que se pode observar ao longo de mais de 150 km pelo sobe e desce da Castelo Branco, o motor tem pedigree. Sua atuação ideal fica entre 1.400 a 1.900 rpm e, se mantido nesse regime, faz sua parte garantindo velocidade de cruzeiro entre 80 e 90 km/h. Se pisar fundo passa permite chegar aos 100 km/h, mas não era o caso.
Colocar 77 toneladas em movimento após uma parada de pedágio, com piso plano, exige paciência chinesa, especialmente quando se tem uma caixa com 16 marchas à frente. Mas quando isso acontece em trecho com pequeno aclive só faz ampliar a satisfação de ver todo o conjunto motriz trabalhando para que a viagem não perca seu time. É aí que surge outro pulo do gato, segundo os técnicos da Shacman e depois comprovado em campo, a caixa de transmissão de 16 velocidades, todas sincronizadas. A relação de marcha vai de uma verdadeira arranca toco, com 14,03:1, para uma suave 16ª com relação de 0,83:1 que garante excelente velocidade de cruzeiro.
O fabricante é a Fast, empresa hoje 100% chinesa que fornece transmissão para todas as montadoras de caminhões naquele país. Mas sua tecnologia, como quase tudo que é chinês, é herança de uma parceria com a Eaton Fuller, que já não existe mais, e com a ZF que é a matriz tecnológica da caixa de 16 velocidades usada no modelo TT 420, batizada de 16 JS 200 TA (tem outra versão 16 JS 180 TA), cujo torque máximo é de 2.000 Nm. O operacional de maneira geral é muito simples e leve. Atuando com o regime marcha reduzida, seguida da marcha normal e saltando para a reduzida da subsequente, a velocidade vai surgindo de forma lenta e gradativa, mas sem vacilo, facilitada pelos engates precisos e leves. O único momento de maior cuidado esta na troca da caixa baixa para a alta, o que acontece entre a 8ª e 9ª marcha. Para garantir perfeito rendimento é preciso ficar atento para não deixar o motor perder o pique. Qualquer trapalhada de um laranja que segue à frente a subida fica comprometida.
A composição bi-trem, por conta da sua instabilidade “emocional” é uma dos formatos mais difíceis para o motorista conduzir. O cavalo traciona pra a frente e as carretas atuam com forças vetoriais que apontam para lados diferentes e tudo sobra para a caixa de direção e o conjunto de suspensão que atuam para amenizar uma verdadeira dança de loucos. No Shacman TT 420, em velocidade cruzeiro de 80/90 km/h, a estabilidade direcional não é 100% e exige concentração para que a composição seja mantida na linha. Quando pega o jeitinho, o motorista consegue antecipar o movimento e corrigir de forma preventiva o movimento que começa vários metros atrás. Mas isso não significa que o desconforto não existe. A caixa hidráulica servo assistida não tem um pouco culpa nesse particular, que pode ser creditada mais à suspensão e ao próprio conjunto bi-trem que provoca esses tipos de movimentos. Mas é preciso que se diga que a estabilidade do cavalo mecânico e a cabine é excelente e não se nota nenhum movimento que traga desconforto para quem viaja, como a famosa quicada “engole camisa”.
Para um primeiro contato, o TT 420 deixa boa impressão. Detalhes do projeto, como o alojamento do sistema de alimentação dos freios dentro das longarinas e os eixos dianteiros e traseiros da marca Hande que são fabricados na China, mas desenvolvidos com tecnologia alemã (leia-se MAN) de última geração, revelam que não há nada feito por acaso neste caminhão. Itens reclamados, como o tanque único de combustível único de 400 litros (de alumínio) da unidade avaliada foram prontamente informados de serão dois no produto final para aumentar a autonomia. O sistema de freio utiliza o convencional duplo circuito de ar comprimido do tipo S Cam com tambores nas rodas dianteiras e traseiras.
Mas todos os modelos da Shacman possuem cabeamento para receber o controle eletrônico de frenagem (ABS) que é item opcional. O freio motor (Jacobs), de atuação na borboleta, também aparece como item adicionável ao preço base. Quando vai custar é outra pergunta que ainda fica no ar pois a Metro-Shacmann ainda mantém essa informação reservada, mas adianta que deve ficar entre 25 a 35% mais barato que um concorrente nacional com os mesmos atributos.
Fonte: Transpoonline

domingo, 10 de junho de 2012

Mercado de caminhões segue desaquecido.

Ao contrário do mercado de automóveis que esboçou uma reação em maio, o de caminhões seguiu desaquecido. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), foram emplacados 10.790 caminhões no mês passado contra 10.842 em abril. A redução é de apenas 0,53%.
Mas, conforme observa o presidente da Federação, Flávio Meneghetti, maio teve 22 dias úteis para emplacamentos no Detran – dois a mais que o mês anterior. Desta forma, a média de registro diário de caminhões foi de 490 em maio e de 542 em abril, uma diferença de quase 10%.
Na comparação entre maio deste ano e maio de 2011, quando foram emplacados 15.127 caminhões, a retração é de 28%. Já no acumulado do ano, nos primeiros cinco meses de 2012 foram vendidos 13% menos caminhões que em 2011.
“Não é um número oficial, mas há quem diga que um terço das vendas de caminhões do ano passado foram antecipações por causa da mudança da legislação do Euro 3 para o Euro 5”, justificou Meneghetti. Além disso, segundo ele, a quebra da safra agrícola em algumas regiões e as incertezas quanto ao novo diesel, o S50, colaboram para segurar o mercado de caminhões. “Mas nós acreditamos que vai melhorar”, afirma.
Dados da Fenabrave também mostram retração no mercado de implementos rodoviários. De janeiro a maio deste ano, foram emplacadas 21.142 unidades, ou 11% menos que no mesmo período do ano passado, quando havia sido 23.918.
FONTE: Carga Pesada 

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Autônomos – Trabalhando sob pressão

Assim como qualquer outro emprego requer certas condições, conhecimentos e habilidades ao candidato para contratação, quem trabalha como motorista autônomo tem de cumprir uma série de exigências para sempre conseguir cargas, ir para a estrada e ganhar o próprio sustento. Em geral, as empresas solicitam três itens básicos: nome atualizado junto a seguradoras, caminhão com menos de 10 anos de uso e sistema de rastreamento. “As transportadoras pedem tudo quanto é coisa”, brinca o carreteiro René Sandre, de 58 anos e autônomo desde os 20. Em sua opinião, o profissional independente precisa estar cadastrado em todas as seguradoras. “Não basta ter só uma, porque as transportadoras trabalham com empresas diferentes e para não perder carga é melhor ter todas”, acrescenta.
As condições do veículo do autônomo também são avaliadas pelas empresas. “Como o caminhão é a nossa ferramenta de trabalho, precisa estar em bom estado, os contratantes exigem veículos com 10 anos de uso no máximo,” explica o motorista João Pelegrino Mataloso. Dono de um Scania, ano 92, João considera difícil dizer qual o modelo preferido pelos transportadores na hora da contratação. “Não tem um tipo de veículo mais pedido, o modelo é de acordo com o tipo de carga a ser transportada”, explica o autônomo.
O sistema de rastreamento é outra exigência constante na lista de requisitos para se conseguir cargas. “Os contratantes preferem os caminhões que tem rastreador com teclado”, diz o carreteiro Vandimar Gomes Macedo, 36 anos de idade e 18 de profissão e autônomo desde 2009. Mesmo com a alta procura das transportadoras por essa exigência, grande parte dos carreteiros não conta com o equipamento. “Não tenho rastreador porque ele seria mais uma despesa. Fora todos os outros gastos durante as viagens, eu desembolsaria uma taxa fixa e mensal para a utilização do sistema”, justifica.
Já Alfredo Carlos Magnus, transportador de máquinas e peças indivisíveis do Rio Grande do Sul para o Rio de Janeiro, aponta outro motivo para a falta de adesão do equipamento. “Não tenho e nem quero ter, isso é um ‘prato cheio’ para os assaltantes. Como posso deixar que alguém saiba o lugar exato onde estou? Prefiro não ter, porque se alguma coisa acontecesse comigo na estrada, desconfiaria do sistema”, pontua o carreteiro. No entanto, o assessor da presidência no Setcesp (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região), Adauto Bentivegna Filho, diz que “esses e outros requisitos são importantes para garantir um transporte mais seguro tanto para a vida do motorista quanto para manter as condições de uso do bem transportado”.
Cientes das condições impostas pelo mercado para se trabalhar, autônomos tentam cumprir a lista de requisitos, mas não demonstram tanto empenho em preencher 100% dos pedidos das transportadoras, por conta da desvalorização da categoria, os baixos fretes pagos pelos carregamentos, além das comissões embolsadas por agenciadores de cargas e a aplicação de restrições à circulação de caminhões nas principais vias centrais das capitais.
Os inconvenientes do dia a dia da profissão têm desmotivado motoristas a permanecerem na profissão. Ilmar Maoski, autônomo há oito anos, diz sentir-se desvalorizado e pensa em vender o caminhão. ” A vida na estrada é sofrida, as viagens não compensam mais, os fretes estão tão baixos que as vezes volto de uma cidade para outra vazio. Prefiro não carregar”, reclama.
Levantamento realizado no início desse ano pela NTC & Logística, entidade representativa do setor, aponta defasagem de 11,95% nos fretes pagos pelo transporte rodoviário de cargas no Brasil. Além disso, segundo o autônomo Vandimar Macedo, o lucro pela carga transportada cai ainda mais devido a comissão paga ao agenciador. “Se, por exemplo, as empresas oferecem R$2 mil para uma viagem de São Paulo a Brasília, os agenciadores pegam R$ 500 como comissão e divulgam um frete de apenas R$1.500″ diz. A agenciadora de cargas do Terminal Fernão Dias, Fernanda Souza Maia, explica que não há uma porcentagem padrão usada no cálculo da comissão dos agenciadores. “Existem períodos em que a procura pela carga é muito grande, então é onde podemos cobrar um valor maior pela comissão, mas existe também o outro lado, quando temos muitas cargas e poucos motoristas. Muitas vezes cobramos abaixo que de costume para não perder a transportadora”, explica.
Para o autônomo Arlindo Almeida Fernandes, há companheiros de profissão que contribuem para a existência de fretes com baixos. “Como têm muitos autônomos no mercado, as transportadoras jogam o valor do frete lá embaixo e acabam escolhendo o motorista que aceita o preço oferecido”, afirma.
Enquanto as mudanças tanto para o setor quanto para a categoria não chegam, o assessor da presidência do Setcesp aconselha aos autônomos a investirem no aprimoramento profissional. “É importante fazer cursos de reciclagem oferecidos pelo Sest Senat, manter documentos em ordem e atualizados, além de possuírem veículos em condições de uso e com a segurança necessária”, sugere Adauto Bentivegna.
Norival de Almeida Silva, presidente do Sindicam (Sindicado dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo), concorda com o representante do Setcesp e acrescenta que deve haver mais união entre os profissionais da categoria. “É preciso chamar a atenção dos autônomos para que sejam mais presentes perante suas entidades e dirigentes, cobrando mais direitos e informações sobre o segmento onde trabalham.