sexta-feira, 27 de abril de 2012

Presidente da MAN lança venda do extrapesado TGX nesta 5ª no Mato Grosso.

Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America, lançará nesta quinta-feira (25/4) em Rondonópolis (MT) a venda nacional no varejo de caminhões MAN TGX. O evento coincidirá com a abertura da nova concessionária do Grupo Mônaco naquela cidade, onde também serão comercializados os caminhões e ônibus da marca Volkswagen. Frotistas matogrossenses estavam entre os escolhidos para experimentar os novos veículos MAN, contribuindo nas modificações feitas nos modelos europeus para que rodassem por toda a América Latina.
“Esse evento é uma homenagem aos empresários que, conhecedores da tradição dos produtos MAN na Europa, aceitaram testá-los em condições reais de operação aqui no Brasil e deram o seu aval. E escolhendo a nova revenda de Rondonópolis, também prestamos um tributo à nossa rede de concessionários, que investiu conosco para receber os extrapesados que em breve estarão nas principais estradas brasileiras”, diz Roberto Cortes.
O novo investimento da Mônaco Diesel no Mato Grosso está avaliado em R$ 6 milhões. Segundo Flávio Matos, diretor comercial do Grupo em Mato Grosso e Pará, hoje 43% do transporte de mercadorias no estado é feito através de caminhões de carga pesada. “Mato Grosso é um polo de exportação, com vocação agropecuária e a MAN se encaixa no perfil das necessidades locais”, explica.
O diretor do Grupo Mônaco conta ainda que uma nova sede deverá ser inaugurada em breve em Cuiabá. “Adquirimos recentemente um terreno na BR-364 com área de 26 mil metros quadrados para a construção de uma nova sede, que será a matriz em Mato Grosso”, diz. Além de Flávio Matos, o lançamento em Rondonópolis contará com a presença do diretor de Vendas, Marketing e Pós-Vendas da montadora, Ricardo Alouche; do presidente do Banco Volkswagen, Décio Carbonari; e do diretor executivo do Grupo Mônaco, Rui Denardin.
Fundado em Altamira (PA) há 35 anos, o Grupo Mônaco atua nos segmentos concessionários de caminhões Volkswagen e MAN, motocicletas e no setor agropecuário nos estados de Mato Grosso, Maranhão, Piauí, Pará e Amapá. Em Mato Grosso, o grupo já está presente nos municípios de Sinop, Várzea Grande e Barra do Garças.
O lançamento latinoamericano da linha MAN de caminhões ocorreu na semana passada em Santos (SP), com a presença de 1.200 convidados entre jornalistas de 13 países, clientes tradicionais e potenciais, revendedores e importadores da MAN Latin America.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

VW 24.280 dispensa Arla 32, atende Euro 5 e mantém as características essenciais de um campeão de vendas

Enquanto todos os caminhões com motorização Euro 5 têm a dura missão de convencer os clientes que possuem vantagens econômicas além das ecológicas, o VW Constellation 24.280 Advantech 6×2, sucessor do caminhão mais vendido do Brasil, o VW Constellation 24.250 6×2, está com a vida bem mais tranquila. O pessoal de engenharia da MAN Latin America, inteligentemente, procurou não mexer muito nas características do campeão e, com uma boa dose de ousadia, resolveu dotar o caminhão com o sistema EGR (normalmente utilizado em furgões e vans).

Aliás, a MAN é a única fabricante que oferece caminhões Euro 5, acima de oito toneladas, que dispensa o tanque de Arla 32. E isso não é pouca coisa, especialmente em um mercado onde, no momento, o que não faltam são dúvidas sobre a nova tecnologia SCR. Acredito que não seja necessário explicar que o sistema EGR não usa o Arla 32 mas não pode prescindir do diesel S-50 para cumprir as metas de emissão estabelecidas pelo Proconve P7.
Quando você bascula a cabina do VW 24.280 o que salta aos olhos é o novo motor com o logo MAN, batizado de D08 de 6,7 litros, seis cilindros e potência aumentada para 271 cv. Há espaço para recirculação dos gases e o bicho ficou mais robusto com dois turbocompressores e sistema de injeção Common Rail.
No primeiro trimestre deste ano o VW 24.250, Euro 3, ainda foi o caminhão mais vendido do mercado. Só em março foram 1.095 unidades comercializadas. Mas o sucessor do campeão pega o bastão com o pé direito e seis unidades já estão rodando na distribuição de bebidas para um cliente do porte da Coca-Cola.
Dentro da cabine, na hora de dirigir, é possível entender porque o sucesso de vendas deste caminhão também está relacionado a algo que engenheiro não costuma dizer, mas os caminhoneiros apreciam: simplicidade. O painel de instrumentos é novo, mas não ficou muito distinto do painel do modelo anterior. São muitas novas funções, em razão das medições eletrônicas do novo sistema EGR, mas as informações permitem entendimento rápido e amigável. E isto é tão importante para o condutor quanto para a saúde do equipamento.
No teste prestamos atenção no que realmente mais interessa aos caminhoneiros: indicador de seleção de marcha, consumo de combustível, rotação do motor, nível de combustível, consumo instantâneo de combustível, horímetro, nível de óleo do motor, temperatura do óleo do motor e, ao centro, o pequeno display do computador de bordo. Batendo os olhos é possível saber, rapidamente, marcha, velocidade ou alerta de alguma falha no veículo.
A tocada merece elogio. O VW 24.280, com a nova transmissão ZF, de nove velocidades, possui proteção contra erros de operação (não permite, por exemplo, que você engate uma marcha não condizente com a rotação do motor). Tentamos forçar uma barbeiragem do tipo: sair de uma nona marcha e engatar uma quarta a 60 km por hora. O que, por certo, causaria danos ao motor e nas engrenagens. A alavanca se posiciona mas assim que você tira o pé do pedal de embreagem o sistema de transmissão ignora o movimento errado e mantém a nona marcha.
Na condução normal, e mesmo naquelas acelerada mais forte, as trocas são macias, e curtas, o que proporciona bastante conforto ao motorista. A cavalaria do motor MAN, quando solicitada, com o pé no acelerador, responde muito bem e o ataque do torque de 1050 Nm proporciona faixa plana mais elástica o que reflete imediatamente em melhor aproveitamento do combustível. Traduzindo: mais economia.
O caminhão responde segura e confortavelmente bem, em grande faixa reta, velocidade constante de 70 km/h com rotação baixa e econômica na faixa verde. E na hora de uma ultrapassagem, a redução é precisa, engate macio e, com leve pressão do pé no acelerador, é suficiente para subir o giro e o motor enche rapidamente entregando real sensação de potência a quem está ao volante.
Com dez toneladas de lastro enfrentamos boas rampas em aclive com total tranquilidade, a estabilidade em curva permite segurança confiável e, nas descidas mais acentuadas, o freio motor no cabeçote, com potência de 200 cv, mantém firme o caminhão a baixas velocidades sem necessidade daquele aperreio de ficar cutucando o pé no pedal do freio.
O Volkswagen Constellation 24.280, da linha Advantech, tem o DNA do campeão de vendas de seu antecessor, com melhorias técnicas eficientes, mas simples, cujo principal objetivo é mantê-lo na liderança do segmento. O fato de usar o sistema EGR em vez do SCR é demonstração clara do velho e sábio ditado “em time que está ganhando não se mexe”. No caso do VW 24.280 foi preciso mexer, é claro, por força da lei, mas mexeram pouco, bem pouco! O que, neste caso, é uma grande vantagem!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Iveco apresenta em Amsterdã o Stralis LNG Natural Power

A Iveco aproveitou a oportunidade e fez o anúncio de um novo modelo. A empresa apresentou durante a Bedrijfsauto 2012, realizada em Amsterdã, na Holanda, o novo Stralis LNG (Liquefied Natural Gas, ou Gás Natural Liquefeito), veículo médio desenvolvido para atender as demandas de entregas noturnas na Europa.
O modelo exposto é um cavalo-mecânico de dois eixos com um semi-trailer, motor Cursor 8 movido a gás natural e com potência de 330 cv, além de transmissão manual de 16 marchas e EBS, desenvolvido para carregar entre 18 e 40 toneladas.
Não é apenas nas questões ambientais que a Iveco foca ao trabalhar um veículo movido a gás natural. A autonomia do Stralis LNG pode chegar a até 750 km, justificando o investimento com o custo operacional reduzido. Outra vantagem é que o gás comprimido diminui o peso do combustível carregado, aumentando a capacidade de carga.
“A tecnologia de gás veicular natural é um prioridade para as atividades da Iveco”, afirmou Alessandro Mortali, Vice Presidente Senior de Pesados da Iveco. “Estamos entre as poucas empresas a ter a visão de entender e importância do metano como uma fonte alternativa de energia”, complementou.
O LNG estará disponível em breve na Europa com versões de 2 e 3 eixos tanto para transporte urbano quanto para o rodoviário. O motor Cursor 8 atende às emissões do Euro 6, que em janeiro de 2014 entrará em vigor no Velho Continente.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

ANTT promete multa à carta-frete. Será?

A punição para quem usa a carta-frete se tornou uma verdadeira novela. Em outubro do ano passado, foi proibida a utilização deste artifício para o pagamento do transporte de carga, sendo que nos primeiros meses a fiscalização seria apenas educativa, sem aplicação de multa. Somente em janeiro, as medidas punitivas seriam adotadas, no entanto a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) adiou este prazo no início de 2012. Agora, o fim deste imbróglio parece próximo, no próximo dia 15 os transportadores que insistirem em usar a carta-frete serão multados.
De acordo com a Resolução nº 3.658, o pagamento agora deverá ser feito por meio eletrônico. Atualmente, 12 companhias estão autorizadas a operar neste novo sistema, que consiste no depósito e saque em conta bancária.
José Araújo "China" da Silva, presidente da Unicam (União Nacional dos Caminhoneiros) afirma que, para garantir a proibição da carta-frete, é necessária uma intensa fiscalização. “Foi uma grande vitória conseguir a aprovação do projeto que a proíbe. Só assim os caminhoneiros terão uma renda formal, o que é bom para todos. Mas é preciso ficar em cima de quem desrespeita o pagamento eletrônico”, ressaltou.

Com a resolução, o contratante do frete que utilizar a carta para o pagamento, total ou parcial do serviço, será multado em 50% da integra do valor, sendo o mínimo a ser cobrado R$ 550 e o máximo de R$ 10,5 mil. A normatização ainda prevê penalização – também de R$ 550 a R$ 10,5 mil – aos que descontarem, no preço do frete, alguma quantia para a realização da transferência dos créditos devidos.
Além de multar aqueles que propuserem o pagamento via carta-frete, a Agência penalizará em R$ 550 o transportador autônomo que aceitar a sua utilização, somado a esta punição quem praticar a infração poderá perder o seu RNTRC ().

Carta-frete:
A carta-frete é um documento que servia como forma de garantir as despesas com o transporte rodoviário de forma adiantada, porém gerava muita dor de cabeça, pois só podia ser monetizado em alguns centros específicos e muitas vezes o caminhoneiro ficava refém dos locais que realizavam o serviço, tendo que gastar, obrigatoriamente, parte do valor da carta no estabelecimento.

sábado, 21 de abril de 2012

BNDES reduz juros do Procaminhoneiro

Como parte do pacote de medidas anunciado pelo Governo Federal para o estímulo ao investimento econômico brasileiro, o BNDES reduziu taxas e deixou de exigir valor de entrada para as aquisições de caminhões e equipamentos de transporte rodoviário de cargas. As medidas fazem parte do Programa Procaminhoneiro, que teve as taxas de juros reduzidas para 5,5% ao ano. Antes, o índice era de 7%.
“A taxa de 5,5% é a ideal, agrada os bancos e também os caminhoneiros, que poderão comprar veículos novos e usados, melhorando o transporte feito atualmente no País. Isso, aliado ao fim da carte-frete, é o resultado vitorioso de uma luta que temos há anos em parceria com a CNT”, José Araújo "China" da Silva, presidente da Unicam (União Nacional dos Caminhoneiros).
Outra mudança é o financiamento total por parte do programa. Anteriormente, o comprador precisava dar uma entrada de, no mínimo, 10% do valor. O principal objetivo dessas medidas é estimular a renovação da frota no País.
“A CNT defende uma política de governo para a renovação da frota, seja por razões econômicas, para tornar mais eficiente a atividade transportadora, seja por questões ambientais. Os novos caminhões com padrão Euro 5, obrigatórios desde este mês de abril, emitem muito menos poluentes”, afirma Cléssio Andrade, presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte).
O Procaminhoneiro conta com um prazo máximo de financiamento de 96 meses. Os recursos do programa podem ser utilizados para financiar a compra não apenas de caminhões, como também de chassis, caminhões-tratores, carretas, cavalos-mecânicos, reboques, semi-reboques e carrocerias para caminhões, novos ou usados, com idade de até 15 anos, e que sejam de fabricação nacional.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Maioria dos caminhoneiros dirige mais de 13 horas sem intervalo para descanso

Mais de 70% dos caminhoneiros brasileiros dirigem acima de 13 horas seguidas sem intervalo para descanso. Segundo pesquisa do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), 41% dos motoristas dirigem entre 13 e 16 horas sem parar. Outros 30% dirigem mais de 16 horas sem intervalo. A pesquisa também apontou que uma parte dos condutores chega a viajar mais de 24 horas com apenas 15 minutos de intervalo.
Os números que foram coletados durante verificação nos tacógrafos dos motoristas de caminhão revelam que esses trabalhadores, na maioria dos casos, dirigem horas a fio sem descanso. O que prejudica os reflexos e as condições de direção, aumentando os riscos de acidente.
"O problema é que a polícia não pode autuar nesses casos. Só podemos autuar se o tacógrafo estiver quebrado ou desligado. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) não tem autonomia quanto ao tempo que o motorista está trabalhando, isso cabe ao Ministério do Trabalho", explica o assessor nacional de comunicação da PRF, Fabiano Moreno.
Juntando forças, a diretora geral do Departamento da PRF, Maria Alice Nascimento Souza, explica que fiscalizações são realizadas em conjunto com técnicos do MTE (Ministério do Trabalho em Emprego). "Dirigir sem parar, sem intervalo, não é um problema só da polícia, é um problema trabalhista", explica.
Souza disse que tramita no Congresso Nacional um projeto de lei que daria autonomia a PRF para autuar os motoristas que dirigissem sem hora de descanso.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Vendas de Euro 5 crescem e MAN chega a dois mil veículos vendidos.

Ao mesmo tempo em que lança a linha de extrapesados, a MAN Latin America alcança a marca de 2 mil caminhões e ônibus Euro 5 já comercializados no Brasil. Desse total, o maior e mais recente lote irá para a Coca-Cola Andina Brasil: cerca de 100 caminhões Volkswagen Constellation e Delivery.
“É uma satisfação chegarmos ao dia de lançamento dos extrapesados MAN com uma venda de produtos Volkswagen Euro 5 tão significativa. Estamos respondendo com resultados às incertezas do mercado em transição, e ainda reafirmamos nosso compromisso em investir no País e em toda a América Latina”, afirma Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America.
Os modelos vendidos à Coca-Cola são das linhas Volkswagen Constellation e Delivery Advantech, equipados com os novos motores MAN e Cummins. Os veículos atenderão ao programa de renovação de frota da Coca-Cola Andina Brasil, que responde pela fabricação de bebidas da marca nos estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

Sob medida
Os caminhões serão entregues até junho e compreendem modelos de 5 a 24 toneladas de peso bruto total. A maior parte — 76 unidades — será do VW Constellation 17.190, que tem configuração sob medida para o setor de distribuição de bebidas. Outro diferencial é que o modelo vem equipado com sistema EGR de pós-tratamento de emissões, eliminando a necessidade de abastecimento com Arla 32, ainda uma grande preocupação dos frotistas.
O contrato prevê ainda o fornecimento de oito unidades VW Constellation 13.190; seis do VW Constellation 24.280; e igual quantidade do VW Delivery 5.150; além de três VW Delivery 9.160 – estes últimos, equipados com motor Cummins SCR.
A Coca-Cola também estará assistida com o contrato VolksTotal Plus. Dessa forma, a frota terá cobertura para todas as manutenções preventivas e corretivas, incluindo mão-de-obra e peças como embreagem, lona de freio, bateria, lâmpada, correias e motor de partida.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Caminhões MAN chegam ao Brasil

A MAN Latin America apresentou hoje à imprensa especializada da América Latina sua linha de caminhões pesados MAN "Made in Brazil". Os cavalos-mecânicos 28.440 6x2, 29.440 6x4 e 33.440 6x4, todos da linha TGX e destinados a aplicações rodoviárias, tiveram sua configuração otimizada para atender as necessidades específicas de transporte em países emergentes.
Produzidos na fábrica da MAN Latin America em Resende (RJ), os caminhões chegam para consolidar a presença da montadora no segmento de pesados e a liderança do mercado brasileiro ao lado da linha Volkswagen ADVANTECH. "Com os novos cavalos-mecânicos, passamos a oferecer uma gama completa de produtos, com modelos de 5,5 a 74 t de peso bruto total combinado, reforçando ainda mais o conceito sob medida que nos consagrou nesses 30 anos de mercado", diz Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America. 
Os caminhões vão ser equipados com motores MAN D26 de 12 litros e 440 cavalos de potência. Dotado de tecnologia SCR (Redução Catalítica Seletiva) com pós-tratamento dos gases de exaustão, que utiliza o ARLA 32 (solução aquosa a base de uréia), o D26 está plenamente preparado para atender às normas de emissões do Proconve P-7 (equivalente ao Euro 5).
Os caminhões MAN "Made in Brazil" também serão apresentados aos mercados internacionais da companhia, durante lançamentos regionais que acontecerão a partir de maio desse ano. Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Panamá, Peru, República Dominicana e Uruguai são os primeiros mercados de exportação selecionados pela MAN Latin America para receberem os novos caminhões MAN brasileiros. 

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Montadoras investirão US$ 22 bi no BRA .

As montadoras de veículos deverão investir US$ 22 bilhões, no Brasil, até 2015, foi isso que afirmou Cledorvino Belini, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) a Guido Mantega, ministro da Fazenda. Os representantes dos fabricantes automotivos estiveram com o político para discutir o novo regime do setor, que dará incentivos ao segmento para aumentar o conteúdo de componentes nacionais nos carros, e entrará em vigor entre 2013 e 2017.
“O grande esforço agora é em busca da competitividade do setor no Brasil”, disse Belini, depois de se encontrar com o ministro.
De acordo com o executivo, este aporte fará com que toda a cadeia automotiva, montadoras e fabricantes de autopeças, cresça já a partir deste ano. Belini ainda ressaltou a importância das desonerações da indústria e das melhores condições de crédito para aumentar a produção.


No encontro, a Anfavea pediu atenção também a oferta de crédito no varejo para a venda de veículos, que está intrinsicamente ligada a produção. O presidente da entidade afirmou que o financiamento ofertado, pelos bancos públicos federais, ao consumidor ainda é baixo.
O executivo explicou que há dificuldades na comercialização de caminhões e na renovação de frota, e também destacou as dificuldades para conseguir o diesel S50. “Na realidade, a quantidade de postos que está sendo implementada, no País, é satisfatória. Porém, os frotistas não têm a segurança de que a capilaridade de postos será suficiente para fornecer o combustível [para os caminhões]. Isso é uma questão que precisa ser resolvida”, destacou.
Na última semana, o Governo anunciou o novo regime automotivo, que inclui aumento de repasses do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) à indústria; redução das taxas de juros fixas de 10% para 7,7% ao ano para ônibus e caminhões com produção nacional, e o aumento do prazo total do financiamento de 96 meses para até 120 meses. Os juros do Procaminhoneiro caem de 7% ao ano para 5,5%, mas, para os ônibus híbridos, a taxa de 5% foi mantida.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Mercedes adota estratégia agressiva para fisgar cliente

O ano começou com queda nas vendas de caminhões. De acordo com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), as comercializações caíram 4,7% no primeiro trimestre em relação a igual período do ano passado, e chegaram 37,6 mil unidades.
Para atrair compradores, desde o início de março a Mercedes-Benz começou projeto que dá aos clientes a oportunidade de testarem os caminhões da nova frota (que atende à norma de reduçaõ de emissão de poluentes para veículos com motores a diesel) para o chamado Truck Test.
São em média 1.000 unidades de 15 modelos das famílias que acabaram de sair de fábrica: Accelo, Atego, Atron, Axor e Actros. Eles estão sendo recebidos pelas concessionárias da Mercedes durante 12 meses. Além disso, são 386 eventos para divulgar a marca aos clientes em todo o País. Um deles ocorreu ontem em Fortaleza (CE). Com a estratégia, a empresa quer ocupar o primeiro ligar do mercado até 2014.
Hoje, a montadora está na segunda posição, atrás da Volkswagen. "Será uma fase transitória e difícil de quantificar, mas com a ação devemos ganhar entre 2% e 4% de participação no mercado ainda neste ano", comenta Joachim Maier, vice-presidente de vendas da Mercedes.
Enquanto de janeiro a março do ano passado o número de caminhões emplacados (especificamente os que comportam acima de seis toneladas) pela montadora chegou a 9.700, no mesmo período de 2012, o montante caiu para 9.648, queda de 0,5% no período. Mas a expectativa é que a partir do segundo semestre as vendas voltem a crescer, entretanto, não devem repetir os resultados conquistados no mesmo período de 2011 - ano em que o País teve expansão de 7,5% com a economia a todo o vapor.
Apesar da expectativa otimista para a empresa, o executivo espera redução de até 15% das vendas em todo o mercado no fechamento de 2012 em relação ao ano passado. Para incentivar ainda mais o consumo, quem comprar o modelo Atron, por exemplo (segmento para autônomos e pequenos empresários), terá IPVA e licenciamento gratuitos.

VEÍCULOS NOVOS 
A frota que tem incorporada a nova tecnologia diminui em média 6% o gasto de combustível, quando comparada à linha anterior. "Em alguns veículos, a economia pode chegar a 10%", contou a diretora de marketing e vendas de caminhões, Tânia Silvestri.
O veículo com a nova tecnologia, no entanto, custa entre 8% e 10% mais caro. Para Cláudio Costa, diretor da CB Distribuidora de Bebidas, de Maracanaú (CE), que é responsável pela distribuição dos produtos da Coca-Cola no Ceará e Bahia, o custo não tem impacto negativo para a empresa, que já comprou quatro caminhões da nova linha e que serão entregues em breve, mas sem data prevista. Outros cinco modelos já foram encomendados. "O custo maior não está sendo relevante e é algo que não tem impacto", disse Costa.
Funcionários voltam ao trabalho hoje
Os 12.724 funcionários da Mercedes-Benz, em São Bernardo, que estavam em férias coletivas desde o dia 2, além dos 875 da fábrica de Juiz de Fora, em Minas Gerais, retornam ao trabalho hoje. Segundo a empresa, a parada foi necessária para se adequar a uma nova realidade, já que a norma de emissão de poluentes para os veículos com motores a diesel mudou, e as empresas do setor tiveram de alterar a tecnologia já implantada nas frotas antigas. "Estávamos ajustando a produção para atender essa transição do mercado", explicou Tânia Silvestri, diretora de marketing e vendas de caminhões da Mercedes-Benz do Brasil.
Por enquanto, a empresa não fala em demissões nos próximos meses. "É preciso analisar como serão as próximas semanas e meses, não dá para saber o que vai acontecer com essa nova transição (de legislação), mas a expectativa é positiva", diz Joachim Maier, vice-presidente de vendas da Mercedes.
De acordo com Tânia, há poucos estoques de caminhões que ainda pertencem à antiga legislação - a chamada Proconve 5 - nas concessionárias do País. No Nordeste, por exemplo, não existem mais os antigos modelos. Segundo informações da montadora, os estoques antigos que estavam estacionados nas fábricas acabaram ainda em fevereiro. Além disso, desde o início de janeiro já há o novo produto (que deve seguir a nova norma, a Proconve 7) disponível para comercialização.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Sinotruk trará Euro V em maio

“Teremos caminhão Euro III até maio”, afirma Rodoldo Mansberger, diretor da concessionária Sinotruk Caminhões, localizada na av. Piraporinha, na Grande São Paulo. De acordo com o executivo, a empresa comprou um grande lote de caminhões e, atualmente, possui cerca de 50 caminhões chineses em estoque.
“Comprei muito antes da majoração do IPI, por isso os preços estão muito atrativos. Quando os caminhões ‘sobretaxados’ chegarem, o custo será repassado parcialmente ao consumidor, pois a matriz na China está absorvendo parte do imposto, bem como a importadora brasileira e a rede de concessionárias”, explica Mansberger. “O IPI não inviabilizará os negócios”, complementa.
Para Rodolfo Mansberger, o consumidor tem se interessado em conhecer os caminhões da Sinotruk, o que tem colaborado para o bom desempenho comercial da marca. “A maior propaganda tem sido o boca a boca. O caminhão está na estrada e o testemunhal tem sido fundamental para os nossos negócios. Tem cliente que liga para colegas concorrentes para se assegurar dos bons resultados que nossos caminhões proporcionam e acabam confirmando a compra. Isso além de outras ações específicas de relacionamento, que completam o nosso trabalho”.
Recentemente, a concessionária Sinotruk Caminhões comercializou cinco unidades para a transportadora Rio Pardense, um tradicional cliente Volvo, entre outros negócios. “O nosso pós-vendas tem colaborado bastante para o sucesso da nossa operação. Além dos dois anos de garantia que oferecemos, possuímos uma ampla e moderna estrutura de atendimento. Mas também, estamos atentos para as particularidades de cada cliente. Por exemplo, tem cliente que só pode disponibilizar os caminhões para manutenção aos domingos e nós o fazemos, até no pátio do cliente se for preciso. Não estamos medindo esforços para atender nossos clientes”, conta Mansberger.
Entre as ações promovidas, a concessionária mantém estreito relacionamento com os frotistas e os caminhoneiros. “Nosso objetivo é convencer esses dois perfis de clientes e usuários das nossas virtudes”, afirma.
Enquanto os caminhões Sinotruk Howo A7 não chegam ao mercado nacional, já com a tecnologia Euro V, a Sinotruk Brasil já possui toda a estratégia de treinamento da equipe de vendas com relação aos novos modelos. “A Sinotruk já pensou em tudo, mas estamos esperando a chegada dos primeiro caminhões para iniciar a preparação da equipe”, destaca.
FONTE: Transpoonline

terça-feira, 10 de abril de 2012

Prejuízo para o transportador

A movimentação de cargas urbanas é de grande importância para a economia do país, mas, por muitas vezes, essa movimentação econômica parece estar ameaçada de continuar se desenvolvendo. É só observar a quantidade de restrições que existem no setor de transportes de cargas. O transportador constantemente tem seus negócios afetados devido aos congestionamentos que existem nas grandes metrópoles, assim como dificuldades de acesso devido as más condições de algumas estradas e ainda o problema das restrições aos veículos de carga, que cresce e se espalha pelas principais vias e marginais da cidade.

As restrições atingem também a vida e o trabalho dos motoristas, que têm que encontrar medidas para continuar seu trabalho, já que eles não podem trafegar nas marginais e nas principais vias da cidade de 2° a 6° feira das 05h às 9h e das 17h às 22h, e aos sábados, das 10h às 14h. Sendo assim, eles se vêem obrigados a trabalhar em períodos noturnos para não correr o risco de serem multados, o que causa muito medo e problemas, pois nesses períodos o índice de assaltos e roubo de cargas é maior, por ter uma movimentação menor nas estradas, com isso, o caminhoneiro está exposto aos perigos do transporte noturno e a falta de segurança representada pelo transporte em horários inadequados para ele.
Os transportadores e os caminhoneiros tentam encontrar outras medidas para trabalhar, pois se não obedecerem às normas de trânsito estarão passíveis de autuação por transitar em locais e horários não permitidos, nesses casos a infração é considerada média e rende uma multa de R$ 85,13, além de acrescentar quatro pontos na CNH - Carteira Nacional de Habilitação.
Um outro problema ocasionado pelas restrições a veículos de cargas é o gasto dos transportadores para investir na modificação das frotas, pois diante de tantas restrições aos caminhões, investem na compra de veículos urbanos de pequeno porte como os Vuc’s, que podem trafegar pelas vias normalmente em qualquer horário, desde que obedeçam as regras do rodízio de veículos.
Um estudo feito pelo Instituto Ilos mostra que as empresas brasileiras gastam 8,5% de sua receita com logística. Em 2005, porém, eram 7,4%. Em 2010 os custos dos transportes corresponderam a 10,6% do PIB - Produto Interno Bruto, equivalente a R$ 391 bilhões.
Problemas para o motorista
A restrição afeta diretamente a vida dos ca­minhoneiros, que têm que encontrar a melhor forma e horário para continuar realizando o transporte das cargas nas vias que seguem com restrição. O caminhoneiro autônomo ainda é o maior prejudicado, que diante das circunstâncias é obrigado a recusar alguns fre­tes, que comprometem o veículo diante dos dias e horários que o impedem de circular em determinadas regiões. Um outro fator é o tempo que o motorista vai gastar para fazer certos percursos, que pode ser o dobro de tempo gasto anteriormente, assim como o combustível, que passa a ser consumido em proporções maiores, já que ele é obrigado a rodar mais para se desviar das restrições nas principais vias.
Jaconde Fernandes Aguiar é caminho­neiro há oito anos e acredita que as restri­ções aos veículos de cargas só vieram para atrapalhar a vida do motorista, que tem que evitar as vias de acesso rápido e fácil em de­terminados horários para fugir da restrição, o que muitas vezes faz com que ele nem volte para casa. Jaconde trabalha na capital de São Paulo, segundo ele, utilizar o Rodoanel seria inviável, já que ele tem de entrar na ca­pital de qualquer forma.
"Eu que trabalho dentro da capi­tal, não posso ir nem vir porque tem restrição, só posso fora da­quele horário. E a pessoa que está na estrada há 15 e 20 dias? O caminhoneiro vai chegar aqui, ele não tem um bolsão na estrada para dormir, porque se ele não pode entrar em São Paulo, ele tem que parar em algum lugar, ele não tem segu­rança, essas coisas que faltam", afirma Jaconde.
Consequências para o transportador
Para alguns transportadores, a nova me­dida de restrição aos veículos de carga nas vias não vai melhorar o trânsito, além de prejudicar todo o sistema logístico urba­no, principalmente restringindo o abasteci­mento da cidade.
Um dos maiores impactos será na parte operacional, pois os custos vão aumentar obrigando as empresas a trabalharem no limite, além disso, causará um problema de mobilidade, pois muitos motoristas terão que aguardar o horário adequado para chegar nas empresas, muitas vezes estacionando o veículo em locais perigosos somente para não correr o risco de ser multado.
Existem também muitos riscos para os mo­toristas, que terão que aguardar nas vias até o horário permitido para a circulação, pro­vocando filas de veículos nos acostamentos, que podem expor o motorista ao risco de acidentes e ao roubo de cargas.
De acordo com José Hélio Fernandes, Vice Presidente da NTC&LOGÍSTICA, a restri­ção aos veículos de carga dificulta a opera­cionalidade e traz custos ao transportador, pois exige um aumento de frota. Um outro ponto destacado por José Hélio é o proble­ma dos horários, pois as entregas terão de ser feitas durante a noite, gerando custos para a logística e também para o lojista que terá de passar por adaptações.
Assim como outras entidades do setor, a NTC&LOGÍSTICA trabalha para melhorar a qualidade no setor de transporte de cargas, apoiando negociações e projetos de lei que visam regulamentar e melhorar a vida do motorista e o setor de transporte de cargas.
Muitas entidades de transporte de cargas e sindicatos de caminhoneiros, insatisfeitos com as novas regras, saíram às ruas para protestar e reivindicar os seus direitos, lutam por uma melhoria na qualidade do transpor­te de cargas, assim como melhorias para a classe trabalhadora, que vem enfrentando novos desafios a cada dia, sejam eles de perigo nas estradas, problema com a infra-estrutura rodoviária e principalmente por não poder circular em algumas regiões, que faz com que muitos transportadores e motoristas tenham que passar por adaptações. Diante de tantas reivindicações alguns resultados já foram obtidos, como a diminuição no horá­rio de restrição em algumas marginais.
Mudanças no trânsito
Para promover melhoria na qualidade do trânsito em São Paulo, algumas medidas como a implantação de restrições ao trânsito de caminhões durante os horários mais comprometidos com excesso de veículos, conhecidos como horário de pico, foram adotadas.
A CET 
Companhia de Engenharia do Tráfego - procura abastecer a cidade de forma programada, dando preferência para a circulação de caminhões no período da noite, que segundo a entidade agiliza a entrega e proporciona um menor desgaste ao transportador, que faz as entregas com mais calma. Nesse caso, o transportador também tem a opção do uso de veículos Urbanos de Carga, os VUC’S, permitindo um livre deslocamento durante o dia, seguindo o rodízio estabelecido para os outros veículos.
De acordo com a CET, os números obtidos após o início da restrição nas principais vias da cidade já demonstram que as ações implantadas pela Prefeitura para reduzir acidentes e aumentar a fluidez do trânsito tiveram resultados positivos, e já podem ser observados.
Os índices de lentidão registrados na cidade caíram após a proibição dos caminhões na Marginal Pinheiros e Av. dos Bandeirantes. Comparando as médias de lentidão registradas após o início da medida, entre setembro de 2010 e setembro de 2011, com o mesmo período dos anos anteriores, houve redução de 18% nos índices de lentidão em toda a cidade. A lentidão passou de 61,1 km para 50,1 km, das 7h00 às 20h00. Essa medida gerou uma significativa melhora no tráfego da cidade.
FONTE: Na Boléia

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Tradição dos caminhoneiros é esquecida com o tempo

Os pára-choques de caminhão quase não mostram mais as famosas frases que tanto chamavam a atenção de motoristas e pessoas em geral nas rodovias brasileiras ou até fora delas. Há mais de uma década começou o processo de extinção das frases escritas nos pára-choques traseiros. Em 1996, uma resolução do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) determinou dimensões e pintura padrão do equipamento, nos anos 2000 vieram os adesivos reflexivos visando maior segurança no trânsito. 

As frases de pára-choque era uma maneira dos caminhoneiros retratarem a sua filosofia de boléia em versos simples, na maioria das vezes bem-humorados, outrora carregados de frases de amor e religiosidade, sempre representantes da cultura das rodovias.
Alguns ainda insistem em decorar o apara-barro, outros escrevem até na carroceria, os mais ousados enfeitam o caminhão todo, mas está cada vez mais difícil encontrar um caminhão decorado pois as frases já estão ficando ultrapassadas, saindo de moda. Muitos dos motoristas que rodam pelo Brasil, não são donos dos caminhões que pilotam então a instalação do apara-barro e a permissão para escrever no acessório parte do proprietário. 
Vale lembrar que devido a grande repercussão das frases, hoje existem vários sites e blogs destinados à apaixonados pelos caminhões, e que tem uma vasta coleção de frases utilizadas em todo o território nacional. 
Com base em dados do Denatran em novembro de 2010 a frota de caminhões no Brasil era de aproximadamente 2,2 milhões, que é equivalente a 3,32% da frota total de veículos que circulam pelo país, com o Paraná possuindo a 3° maior frota de caminhões, perdendo apenas para São Paulo e Minas Gerais.

sábado, 7 de abril de 2012

Logística é crucial para MT

Presidente da Frenlog (Frente Parlamentar de Logística dos Transportes e Armazenagem), o deputado federal Homero Alves (PSD-MT) diz que o tema há muito deixou de ser apenas relevante. É agora emergencial.
Segundo ele, o apagão logístico já está instalado e a competividade brasileira só se mantém em razão dos avanços obtidos pelos produtores da porteira para dentro.
“Dentro das fazendas, vivemos cada vez mais a modernidade, com ganhos de produção e produtividade. Da porteira para fora, porém, nossa realidade é arcaica, ultrapassada. Ainda continuamos competitivos, mas até quando?”, questiona.
A Frenlog, que reúne cerca de 300 deputados federais e 23 senadores, tem defendido a ampliação de alternativas de escoamento da produção.
Uma malha integrada por meio de rodovias, ferrovias e hidrovias, diz o deputado, permitirá encurtar as distâncias e reduzir os custos com o frete. “Não se trata de algo para o futuro. Já estamos atrasados”.
Para Mato Grosso, que conta com a menor infraestrutura entre os grandes produtores do país, a melhoria segundo ele é “crucial”.
FONTE: Globo Rural

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Transportadores rodoviários planejam aumentar investimentos em 2012

Com base em projeções de expansão da atividade de transporte e no aumento do número de viagens, os empresários do setor rodoviário de cargas e de passageiros pretendem aumentar os investimentos no setor em 2012. Quase 45% planejam adquirir veículos e o mesmo percentual é registrado entre os que devem manter o tamanho de suas frotas, com a possibilidade de substituir ônibus ou caminhões antigos por outros mais novos.
Os dados são da sondagem ‘Expectativas Econômicas do Transportador Rodoviário 2012’, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) nesta segunda-feira (2). Entre janeiro e o início de março, 289 empresas de transporte rodoviário responderam a um formulário eletrônico. O resultado é um retrato das expectativas dos transportadores em relação ao futuro do país e de sua atividade.
De acordo com o presidente da CNT, senador Clésio Andrade, o objetivo da entidade com o trabalho é, mais uma vez, cumprir o relevante papel de elaborar análises, estudos e pesquisas voltados à melhoria das condições da atividade transportadora brasileira.
Mesmo com as ameaças da crise internacional, que pode trazer impacto à economia interna, os transportadores revelam expectativas de crescimento este ano. Quase 58% esperam incremento de receita bruta. Também 58% esperam um aumento no número de viagens realizadas e 54% programam aumento no volume transportado.
A pesquisa indica que o transportador rodoviário não acredita em desaceleração da produção econômica em 2012. Menos de 10% dos empresários acham que haverá recessão econômica e menor crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), em comparação a 2011. Esse comportamento otimista é reflexo da retomada da trajetória de crescimento econômico no 4º trimestre do ano passado.
Mas apesar do otimismo, os transportadores estão preocupados quanto ao custo dos insumos. Se acontecer elevação dos preços, o aumento pode ser repassado ao valor do frete e acarretar inflação no preço dos bens finais consumidos na economia. A maioria dos entrevistados acredita que os preços de pneus, lubrificantes e diesel irão subir: 73,4%; 68,5% e 60,2%, respectivamente.
A taxa de juros, que tem impacto significativo sobre a atividade do transporte, é outro ponto abordado pela sondagem. Cerca de 65% dos empresários acreditam que essa variável tenha impacto elevado sobre o setor. Apenas um terço aposta que a influência da taxa de juros será baixa ou moderada. Esse resultado preocupa porque previsões pessimistas tendem a reduzir potencias investimentos no ramo de transportes.
Sobre a carga tributária, é consenso entre 87,2% dos transportadores que o recolhimento de impostos tem elevado impacto sobre o serviço de transporte no Brasil. Mais da metade – 51,2% - dos entrevistados acredita que haverá aumento da carga tributária em 2012. Apenas 5,9% responderam que deve haver redução nas alíquotas cobradas do setor este ano.
FONTE: Agência CNT

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Regulamentação de motorista é aprovada

Nesta terça-feira, 3, a Câmara dos Deputados aprovou, sem alterações, o substitutivo do Senado ao Projeto de Lei 99/07, que regulamenta a profissão de motorista. Agora, o texto segue para sanção presidencial e, caso aceito, passa a valer a partir da data de publicação. O objetivo do projeto é aumentar a segurança no trânsito e proteger a saúde dos motoristas.
"A proposta assegura aos motoristas seguro obrigatório custeado pelo empregador e proíbe que se remunere o motorista em função da distância percorrida ou da redução do tempo de viagem, pela quantidade ou natureza dos produtos transportados, de modo a não comprometer a segurança rodoviária ou da coletividade", disse Clésio Andrade, presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte). Ele apresentou um requerimento pedindo urgência na tramitação do projeto.
O excesso de tempo do motorista ao volante, um dos fatores apontados como maior causa de acidentes, poderá acarretar em prisão e multa para quem exigir que o profissional exceda sua jornada de trabalho.
A regulamentação da profissão garante, também, intervalo mínimo de 11 horas no período de 24 horas. O descanso poderá ser fracionado em nove horas e mais duas. A medida proíbe, ainda, o trabalho por mais de quatro horas seguidas sem um intervalo mínimo de 30 minutos para descanso.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Shacman realiza hoje primeiro desembarque de veículos

A montadora chinesa Shacman realiza nesta segunda-feira (2) seu primeiro desembarque de veículos no Brasil. O terminal portuário que receberá 99 unidades de linha pesada da fabricante asiática é o Porto do Recife. A meta do grupo é desembarcar 500 caminhões ao longo do ano. Apenas com esta primeira operação, a expectativa é que seja gerado um incremento de R$ 500 mil.
De acordo com a assessoria do Porto do Recife, o navio Asian Chorus, do modelo rol on roll off - que abre uma imensa porta para a saída dos veículos - trará também 87 máquinas da linha amarela da marca também chinesa XCMG, que já opera no porto há anos.
Em dezembro de 2011, uma comitiva de diretores da empresa chinesa e representantes da Metro Shacman, companhia nacional que retém exclusividade na importação da montadora, assinaram um protocolo de intenção  para montar um centro de distribuição no Recife. A ideia é, no futuro, instalar também uma linha de montagem no país e o município de Caruaru, no Agreste, é uma das localizações possíveis.
“Nossa intenção é clara e objetiva. Esse (o CD) é o primeiro passo e logo em seguida partiremos para a montadora”, disse à época o presidente da Metro Shacman, Reinaldo Vieira, ao participar da cerimônia de assinatura do protocolo de intenção para instalação do CD no centro administrativo do Porto do Recife. 
O CD da Shacman vai empregar 40 pessoas diretamente, entre motoristas, mecânicos e pessoal administrativo. Após o desembarque, os caminhões passarão por um processo chamado “tropicalização”. Serão vistoriados, adesivados e receberão uma manutenção prévia antes da entrega às concessionárias. Eles iniciam com uma rede de 16 concessionárias exclusivas espalhadas pelo Nordeste, Sudeste e Sul do país. A meta é chegar a 30 concessionárias até o fim de 2012.
Neste primeiro ano, o CD deverá movimentar cerca de 1,5 mil veículos. Segundo Rodrigo Teixeira, diretor executivo, os veículos, as peças e as ferramentas deverão movimentar mais de US$ 500 milhões (cerca de R$ 894 milhões) por ano.
Inicialmente, os modelos importados trazem especificações que buscam atender às demandas do segmento dos pesados, com configurações 4x2 e 6x4. A montadora tem capacidade de produzir mais de 70 mil unidades por ano e exporta para 50 países de diferentes continentes.