quarta-feira, 1 de agosto de 2012

GREVE DOS CAMINHONEIROS

Reunião tenta por fim a protestos
Representantes de grevistas e da ANTT vão discutir os motivos da paralisação dos caminhoneiros que tem prejudicado o abastecimento e atrasado horários de ônibus
ADAMO BAZANI – CBN
A greve dos caminhoneiros que ocorre desde o dia 25 de julho tem se intensificado e os bloqueios em rodovias importantes, como a BR 116 e a Rodovia Presidente
Du
tra, se tornam cada vez mais freqüentes e demorados.
As paralisações já ameaçam o escoamento da produção de frigoríficos do Sul do País, têm ocasionado desabastecimento em algumas centrais, como no Rio de Janeiro, e longos atrasos em viagens de ônibus rodoviários.
No trajeto Rio – São Paulo, por exemplo, as viagens ficam cerca de 2 horas mais demoradas. Das 63 linhas de ônibus que param no Terminal Rodoviário do Tietê, 14 passam pela Dutra.
Ônibus com viagens mais longas, como para o Nordeste, por exemplo, chegam a enfrentar mais de um bloqueio por parte dos caminhoneiros.
As representações dos caminhoneiros, como o Movimento União Brasil Caminhoneiro – MUBC, e outras centrais, e a ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres devem se reunir nesta terça-feira para discutirem as reivindicações dos profissionais.
Uma das principais queixas é em relação à nova lei que regulamenta a profissão de motorista que também não é bem vista pelos donos de transportadoras.
A lei estabelece descanso de 11 horas no mínimo entre o início das jornadas, intervalo de uma hora para o almoço e de 30 minutos a cada quatro horas trabalhadas.
O objetivo da lei é diminuir jornadas excessivas no trabalho e assim aumentar a segurança das estradas. Mesmo tendo uma frota de menos de 18% em todo o País, de acordo com o Denatran _ Departamento Nacional de Trânsito, 30% dos acidentes com morte nas estradas têm envolvimento de caminhões. O número é muito alto pela proporção da frota.
Os donos de veículos, principalmente os autônomos, se queixam que a lei ao limitar as jornadas vai reduzir os ganhos e também das faltas de condições para conseguirem realizar as paradas. Não há em todas as estradas pátios e pousadas que ofereceram segurança, tanto em relação ao tráfego como a riscos de assaltos.
O valor do frete e o impedimento de caminhoneiros que pertencem a cooperativas fazerem contratos de transporte autônomos, além do ingresso mais difícil de novos profissionais, também são queixas por parte dos motoristas.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transporte

Nenhum comentário:

Postar um comentário